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    Mensaje por Maria Lua Mar 23 Jul 2024, 17:02

    Interlúdio




    As palavras estão muito ditas
    e o mundo muito pensado.
    Fico ao teu lado.

    Não me digas que há futuro
    nem passado.
    Deixa o presente - claro muro
    sem coisas escritas.

    Deixa o presente. Não fales,
    Não me expliques o presente,
    pois é tudo demasiado.

    Em águas de eternamente,
    o cometa dos meus males
    afunda, desarvorado.

    Fico ao teu lado.




    **************


    INTERLUDIO


                          Las palabras están muy dichas
                       y el mundo muy pensado.
                       Quedo a tu lado,

                          No me digas que hay futuro
                       ni pasado.
                       Deja el presente, es un muro
                       sin cosas escritas, claro.

                          Deja el presente.  No hables,
                       no me explsiques el presente,
                       que el total es demasiado.

                           En aguas de eternamente
                       el cometa de mis males
                       se hunde ya, desarbolado.
                       Quedo a tu lado.




                                (De “Vaga música” 1942)


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    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
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    Mensaje por Maria Lua Vie 26 Jul 2024, 19:09

    CONVENIÊNCIA


    CONVÉM que o sonho tenha margens de nuvens rápidas
    e os pássaros não se expliquem, e os velhos andem pelo sol,
    e os amantes chorem, beijando-se, por algum infanticídio

    Convém tudo isso, e muito mais, e muito mais...
    E por êsse motivo aqui vou, como os papéis abertos
    que caem das janelas dos sobrados, tontamente.
    ..
    Depois das ruas, e dos trens, e dos navios,
    encontrarei casualmente a sala que afinal buscava,
    e o meu retrato, na parede, olhará para os olhos que levo.

    E encolherei meu corpo nalguma cama dura e fria.
    (Os grilos da infância estarão cantando dentro da erva...)
    E eu pensarei: «Que bom! nem é preciso respirar!...»


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    Mensaje por Maria Lua Sáb 27 Jul 2024, 13:15

    GUITARRA

    PUNHAL de prata já eras,
    punhal de prata!
    Nem fôste tu que fizeste
    a minha mão insensata.

    Vi-te brilhar entre as pedras,
    punhal de prata!
    — no cabo, flores abertas,
    no gume, a medida exata,

    a exata, a medida certa,
    punhal de prata,
    para atravessar-me o peito
    com uma letra e uma data.

    A maior pena que eu tenho,
    punhal de prata,
    não é de me ver morrendo,
    mas de saber quem me mata


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    Mensaje por Maria Lua Lun 29 Jul 2024, 09:18

    DISTÂNCIA


    QUANDO o sol ia acabando
    e as águas mal se moviam,
    tudo que era meu chorava
    da mesma melancolia.
    Outras lágrimas nasceram
    com o nascimento do dia:
    só de noite esteve sêco
    meu rosto sem alegria.
    (Talvez o sol que acabara
    e as águas que se perdiam
    transportassem minha sombra
    para a sua companhia...)
    Oh!
    mas nem no sol nem nas águas
    os teus olhos a veriam...
    — que andam longe, irmãos da lua,
    muito clara e muito fria...




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    Mensaje por Maria Lua Jue 01 Ago 2024, 10:07

    Elegia





    Neste mês, as cigarras cantam

    e os trovões caminham por cima da terra,

    agarrados ao sol.

    Neste mês, ao cair da tarde, a chuva corre pelas montanhas,

    e depois a noite é mais clara,

    e o canto dos grilos faz palpitar o cheiro molhado do chão.



    Mas tudo é inútil,

    porque os teus ouvidos estão como conchas vazias,

    e a tua narina imóvel

    não recebe mais notícias

    do mundo que circula no vento.




    ****************



    E o vento bate nas cordas, e estremecem as velas opacas,
    e a água derrete um brilho fino, que em si mesmo logo se perde.

    Toca essa música de seda, entre areias e nuvens e espumas.

    Os remos pararão no meio da onda, entre os os peixes suspensos:
    e as cordas partidas andarão pelos ares dançando à toa.


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    Mensaje por Maria Lua Sáb 10 Ago 2024, 17:18

    PAUSA



    AGORA é como depois de um entêrro.
    Deixa-me neste leito, do tamanho do meu corpo,
    junto à parêde lisa, de onde brota um sono vazio.

    A noite desmancha o pobre jôgo das variedades.
    Pousa a linha do horizonte entre as minhas pestanas,
    e mergulha silêncio na última veia da esperança.

    Deixa tocar êsse grilo invisível
    — mercúrio tremendo na palma da sombra —
    deixa-o tocar a sua música, suficiente
    para cortar todo arabesco da memória...






    ********************



    VINHO

    A TAÇA foi brilhante e rara,
    mas o vinho de que bebí
    com os meus olhos postos em ti,
    era de total amargura.

    Desde essa hora antiga e preclara,
    insensìvelmente descí,
    e em meu pensamento sentí
    o desgôsto de ser criatura.

    Eu sou de essência etérea e clara:
    no entanto, desde que te ví,
    como que desapareci...
    Rondo triste, à minha procura.

    A taça foi brilhante e rara:
    mas, com certeza enlouquecí.
    E dêsse vinho que bebí
    se originou minha loucura.


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    Mensaje por Maria Lua Lun 12 Ago 2024, 14:41

    Ressurreição



    Não cantes, não cantes, porque vêm de longe os náufragos
    vêm os presos, os tortos, os monges, os oradores, os suicidas.
    Vêm as portas, de novo, e o frio das pedras, das escadas,
    e, numa roupa preta, aquelas duas mãos antigas.

    E uma vela de móvel chama fumosa. E os livros. E os escritos.
    Não cantes. A praça cheia torna-se escura e subterrânea.
    E meu nome se escuta a si mesmo, triste e falso.

    Não cantes, não. Porque era a música da tua
    voz que se ouvia. Sou morta recente, ainda com lágrimas.

    E deixei nos meus pés ficar o sol e andarem moscas.
    E dos meus dentes escorrer uma lenta saliva.
    Não cantes, pois trancei o meu cabelo, agora,
    e estou diante do espelho, e sei melhor que ando fugida.


    ******************************


    Resurrección

    No cantes, no cantes, porque vienen de lejos los náufragos,
    vienen los presos, los tuertos, los monjes, los oradores,
    los suicidas.
    Vienen las puertas, de nuevo, y el frío de las piedras,
    de las escalinatas,
    y, con un ropaje negro, aquellas dos manos antiguas.
    Y una vela de móvil llama humeante. Y los libros. Y
    las escrituras.
    No cantes, no. Porque era la música de tu
    voz lo que se oía. Soy una muerta reciente, aún
    con lágrimas.
    Alguien escupió distraídamente sobre mis pestañas.
    Por eso vi que ya era tarde.

    Y dejé en mis pies quedarse el sol y andar las moscas.
    Y de mis dientes se escurrió una lenta saliva.
    No cantes, pues trencé mis cabellos, ahora,
    y estoy ante el espejo, y sé bien que ando en fuga.


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    Mensaje por Maria Lua Miér 14 Ago 2024, 17:10

    GRILO

    MÁQUINA de ouro a rodar na sombra,
    serra de cristal a serrar estrêlas...
    Caem pedaços de sono, entre os silêncios,

    em grandes flores, mornas e dóceis,
    com o pêso e a côr de vagas borboletas.

    Rostos de espuma, nomes de cinza,
    — a vida sobe nos caules da noite, pouco a pouco.

    Máquina de ouro tremendo no ar de vidro frio,
    cortando o brôto das palavras rente à bôca...

    Demanchando nos dedos arquitecturas que iam parando,
    e livros de imagens que o vento compunha, ilògicamente.

    Ah! que é dos ramos de estrêlas finamente desprendidas,
    pela sonora lâmina que estás vibrando sempre, sempre?

    Que é das noites extensas, de ares mansos de alegrias,
    sem ruas, sem habitantes, sem solidão, sem pensamento?

    Que é das mãos esperando o amanhecer definitivo
    e caídas também na torrente do tempo?


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    Mensaje por Maria Lua Jue 15 Ago 2024, 23:31

    CORPO NO MAR


    ÁGUA DENSA do sonho, quem navega?
    Contra as auroras, contra as baías:
    barca imóvel, estrêla cega.

    Bate o vento na vela e não a arqueia.
    — Não foi por mim!
    Partiram-se as cordas, rodaram os mastros,
    os remos entraram por dentro da areia...

    Os remos torceram-se, e trançaram raízes.
    — Inútil forçá-los — alastram-se, fogem
    na sombra secreta de eternos países...
    Mudou-se a vela em nuvem clara!

    Choraram meus olhos, minhas mãos correram...
    — Alto e longe! — Não foi por mim...
    E apenas pára
    um corpo na barca vazia,
    à mercê das metamorfoses,
    olhos vertendo melancolia...

    O vento sopra no coração.
    Adeus a todos os meridianos!
    Deito-me como num caixão.

    Ah! sobrevive o mar no meu ouvido...
    «Marinheiro! Marinheiro!»
    (Ilhas...Pássaros...Portos... — nêsse ruído,
    66
    — O mar...O mar!...O mar inteiro!...)

    Mas é tempo perdido!


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    Mensaje por Maria Lua Vie 16 Ago 2024, 19:52

    DESCRIÇÃO


    HÁ UMA água clara que cai sôbre pedras escuras
    e que, só pelo som, deixa ver como é fria.

    Há uma noite por onde passam grandes estrêlas puras.
    Há um pensamento esperando que se forme uma alegria.

    Há um gesto acorrentado e uma voz sem coragem,
    e um amor que não sabe onde é que anda o seu dia
    .
    E a água cai, refletindo estrêlas, céu, folhagem...
    Cai para sempre!

    E duas mãos nela mergulham com tristeza,
    deixando um esplendor sôbre a sua passagem.

    (Porque existe um esplendor e uma inútil beleza
    nessas mãos que desenham dentro da água sua viagem
    para fóra da natureza,
    onde não chegará nunca esta água imprecisa,
    que nasce e deslisa, que nasce e deslisa...)


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    Mensaje por Maria Lua Mar 20 Ago 2024, 17:31

    Discurso


    E aqui estou, cantando.

    Um poeta é sempre irmão do vento e da água:
    deixa seu ritmo por onde passa.

    Venho de longe e vou para longe:
    mas procurei pelo chão os sinais do meu caminho
    e não vi nada, porque as ervas cresceram e as serpentes
    andaram.

    Também procurei no céu a indicação de uma trajetória,
    mas houve sempre muitas nuvens.
    E suicidaram-se os operários de Babel.

    Pois aqui estou, cantando.

    Se eu nem sei onde estou,
    como posso esperar que algum ouvido me escute?

    Ah! Se eu nem sei quem sou,
    como posso esperar que venha alguém gostar de mim?




    *********************


    Discurso


    Y aquí estoy, cantando.

    Un poeta es siempre hermano del viento y del agua:
    Deja tu ritmo por donde pasa.

    Vengo de lejos y voy lejos:
    pero busqué en el suelo las señales de mi camino
    y no vi nada, porque las hierbas crecíeron y las serpientes
    andaron.

    También busqué en el cielo la indicación de una trayectoria,
    pero siempre hubo muchas nubes.
    Y los obreros de Babel se suicidaron.

    Así que aquí estoy, cantando.

    Si ni siquiera sé dónde estoy,
    ¿Cómo puedo esperar que algún oído me escuche?

    ¡Vaya! Si ni siquiera sé quién soy,
    ¿Cómo puedo esperar que alguien me quiera?


    _________________



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    Mensaje por Maria Lua Dom 25 Ago 2024, 14:30

    Contemplação

    Não acuso. Nem perdôo.
    Nada sei. De nada.
    Contemplo.

    Quando os homens apareceram
    eu não estava presente.
    Eu não estava presente,
    quando a terra se desprendeu do sol.
    Eu não estava presente,
    quando o sol apareceu no céu.
    E antes de haver o céu,
    EU NÃO ESTAVA PRESENTE.

    Como hei de acusar ou perdoar?
    Nada sei.
    Contemplo.

    Parece que às vezes me falam.
    Mas também não tenho certeza.
    Quem me deseja ouvir, nestas paragens
    onde somos todos estrangeiros?
    Também não sei com segurança, muitas vezes,
    da oferta que vai comigo, e em que resulta,
    pois o mundo é mágico!
    Tocou-se o Lírio e apareceu um Cavalo Selvagem.
    E um anel no dedo pode fazer desabar da lua um temporal.

    Já vês que me enterneço e me assusto,
    entre as secretas maravilhas.
    E não posso medir todos os ângulos do meu gesto.

    Noites e noites, estudei devotamente
    nossos mitos, e sua geometria.

    Por mais que me procure, antes de tudo ser feito,
    eu era amor. Só isso encontro.
    Caminho, navego, vôo,
    - sempre amor.
    Rio desviado, seta exilada, onda soprada ao contrário,
    - mas sempre o mesmo resultado: direção e êxtase.
    À beira dos teus olhos,
    por acaso detendo-me,
    que acontecimentos serão produzidos
    em mim e em ti?

    Não há resposta.
    Sabem-se os nascimentos
    quando já foram sofridos.

    Tão pouco somos, - e tanto causamos,
    com tão longos ecos!
    Nossas viagens têm cargas ocultas, de desconhecidos vínculos.

    Entre o desejo do itinerário, uma lei que nos leva
    age invisível e abriga
    mais que o itinerário e o desejo.

    Que te direi, se me interrogas?
    As nuvens falam?
    Não. As nuvens tocam-se, passam, desmancham-se.
    Às vezes, pensa-se que demoram, parece que estão paradas...
    Confundiram-se.

    E até se julga que dentro delas andam estrelas e planetas.
    Oh, aparência...Pode talvez andar um tonto pássaro perdido.
    Voz sem pouso, no tempo surdo.

    Não acuso nem perdôo.
    Que faremos, errantes entre as invenções dos deuses?

    Eu não estava presente, quando formaram
    a voz tão frágil dos pássaros.

    Quando as nuvens começaram a existir,
    qual de nós estava presente?


    Cecília Meireles
    In: Mar Absoluto



    *********************


    CONTEMPLACIÓN [16]

    No acuso. Ni perdono.
    No sé nada. De nada.
    Contemplo.

    Cuando aparecieron los hombres
    yo no estaba presente.
    Yo no estaba presente
    cuando la tierra se desprendió del sol.
    Yo no estaba presente,
    cuando el sol apareció en el cielo..
    Y, antes de haber cielo,
    YO NO ESTABA PRESENTE.

    ¡Cómo voy a acusar o perdonar?
    No sé nada.
    Contemplo.

    Parece que a veces me hablan.
    Pero tampoco estoy segura.
    ¿Quién va a quererme oír, en estos parajes
    donde todos somos extranjeros?

    ¡Tampoco sé seguro, muchas veces,
    de la oferta que va conmigo, y en qué resulta,
    ya que el mundo es mágico!
    El lirio fue tocado, y apareció un Caballo Salvaje.
    Y un anillo en el dedo puede hacer colapsar de la luna un temporal.
    Ya ves que me enternezco y me asusto,
    entre las secretas maravillas.
    Y no puedo medir todos los ángulos de mi gesto.

    Noches y noches, estudié devotamente
    nuestros mitos, y su geometría.

    Por más que me busque, antes de que todo fuera hecho,
    yo era amor. Sólo eso encuentro.
    Camino, navego, vuelo
    -siempre amor.
    Río desviado, flecha exiliada, ola soplada al revés
    -pero siempre el mismo resultado: dirección es éxtasis.

    A la vera de tus ojos,
    me detengo al azar,
    ¿qué acontecimientos se producirán
    en mí y en tí?

    No hay respuesta.

    Se saben los nacimientos
    cuando ya fueron sufridos.
    ¡Tan poco somos -y tanto causamos
    con tan largos ecos!
    Nuestros viajes tienen cargas ocultas, de desconocidos vínculos.
    Entre el deseo de itinerario, una ley que nos lleva
    actúa invisible y abriga
    más que el itinerario o el deseo.

    ¿Qué te voy a decir, si me interrogas?
    ¿Las nubes hablan?
    No. La nubes se tocan, pasan, se esfuman.
    A veces, uno piensa que se demoran, parece que están paradas…

    -Uno se confunde.
    Y hasta se piensa que dentro de ellas andan estrellas y planetas.
    Oh, apariencia… Puede a lo mejor andar un tonto pájaro perdido.
    Voz sin aterrizar, en el tiempo sordo.

    No acuso ni perdono.
    ¿Qué haremos, errantes entre las invenciones de los dioses?

    Yo no estaba presente, cuando formaron
    la voz tan frágil de los pájaros.

    Cuando las nubes comenzaron a existir,
    ¿quién de nosotros estaba presente?




    Mar absoluto y otros poemas, 1945



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    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





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    Mensaje por Maria Lua Jue 29 Ago 2024, 16:27

    ESTRELA



    QUEM VIU aquele que se inclinou sobre palavras trémulas,
    de relevo partido e de contorno perturbado,
    querendo achar lá dentro o rosto que dirige os sonhos,
    para ver si era o seu que lhe tivessem arrancado?
    Quem foi que o viu passar com sues ímãs insones,
    buscando o polo que girava sempre no vento?
    — Seus olhos iam nos pés, destruindo todas as raízes líricas,
    e em suas mãos sangrava o pensamento.
    E era o seu rosto, sim, que estava entre versos andróginos,
    preso em círculos de ar, sobre um instante de festa!
    Boca fechada sob flores venenosas,
    e uma estrela de cinza na testa.
    Bem que ele quis chamar pelo seu nome em voz muito alta,
    — mas o desejo não foi além do seu pescoço.
    E ficou diante de sua cabeça, estruturando-se
    como o frio dentro de um poço.
    E não pode contar a ninguém seu fim quimérico.
    A ninguém. Pois a língua que fora sua estava morta,
    e ele era um prisioneiro entre paredes transparentes,
    entre paredes transparentes, mas sem porta.
    Disto ele soube. O que nunca entendeu, porém, e o que lhe amarra
    o coração com ardentes cordas de desgosto
    é aquela estrela de cinza — aquela estrela grande e plácida —
    derramando sombra em seu rosto.



    ****************



    DIÁLOGO



    MINHAS palavras são a metade de um diálogo obscuro
    continuado através de séculos impossíveis.
    Agora compreendo o sentido e a ressonância
    que também trazes de tão longe em tua voz.
    Nossas perguntas e respostas se reconhecem
    como os olhos dentro dos espelhos. Olhos que choraram.
    Conversamos dos dois extremos da noite,
    como de praias opostas. Mas com uma voz que não se importa...
    E um mar de estrelas se balança entre o meu pensamento e o teu.
    Mas um mar sem viagens.


    _________________



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    y en ese vuelo y en ese sueño
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    Mensaje por Maria Lua Dom 01 Sep 2024, 14:31

    LUAR

    FACE do muro tão plana,
    com o sabugueiro florido.

    O luar parece que abana
    as ramagens na parede.

    A noite tôda é um zumbido
    e um florir de vagalumes.

    A bôca morre de sêde
    junto à frescura dos galhos.

    Andam nascendo os perfumes
    na sêda crespa dos cravos.

    Brota o sono dos canteiros
    como o cristal dos orvalhos.



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    66


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    Mensaje por Maria Lua Dom 01 Sep 2024, 14:48

    Suavíssima

    Os galos cantam, no crepúsculo dormente . . .
    No céu de outono, anda um langor final de pluma
    Que se desfaz por entre os dedos, vagamente . . .

    Os galos cantam, no crepúsculo dormente . . .
    Tudo se apaga, e se evapora, e perde, e esfuma . . .

    Fica-se longe, quase morta, como ausente . . .
    Sem ter certeza de ninguém . . . de coisa alguma . . .
    Tem-se a impressão de estar bem doente, muito doente,

    De um mal sem dor, que se não saiba nem resuma . . .
    E os galos cantam, no crepúsculo dormente . . .

    Os galos cantam, no crepúsculo dormente . . .
    A alma das flores, suave e tácita, perfuma
    A solitude nebulosa e irreal do ambiente . . .

    Os galos cantam, no crepúsculo dormente . . .
    Tão para lá! . . . No fim da tarde . . . além da bruma . . .

    E silenciosos, como alguém que se acostuma
    A caminhar sobre penumbras, mansamente,
    Meus sonhos surgem, frágeis, leves como espuma . . .

    Põem-se a tecer frases de amor, uma por uma . . .
    E os galos cantam, no crepúsculo dormente . . .



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    Mensaje por Maria Lua Dom 01 Sep 2024, 14:57

    No fio da respiração,
    rola a minha vida monótona,
    rola o peso do meu coração.

    Tu não vês o jogo perdendo-se
    como as palavras de uma canção.

    Passas longe, entre nuvens rápidas,
    com tantas estrelas na mão...

    — Para que serve o fio trêmulo
    em que rola o meu coração?


    *********************


    Leilão de jardim


    Quem me compra um jardim com flores?
    Borboletas de muitas cores,
    lavadeiras e passarinhos,
    ovos verdes e azuis nos ninhos?
    Quem me compra este caracol?

    Quem me compra um raio de sol?
    Um lagarto entre o muro e a hera,
    uma estátua da Primavera?
    Quem me compra este formigueiro?

    E este sapo, que é jardineiro?
    E a cigarra e a sua canção?
    E o grilinho dentro do chão?
    (Este é o meu leilão.)



    ***********************


    O menino azul


    O menino quer um burrinho
    para passear.
    Um burrinho manso,
    que não corra nem pule,
    mas que saiba conversar.

    O menino quer um burrinho
    que saiba dizer
    o nome dos rios,
    das montanhas, das flores,
    — de tudo o que aparecer.

    O menino quer um burrinho
    que saiba inventar histórias bonitas
    com pessoas e bichos
    e com barquinhos no mar.

    E os dois sairão pelo mundo
    que é como um jardim
    apenas mais largo
    e talvez mais comprido
    e que não tenha fim.

    (Quem souber de um burrinho desses,
    pode escrever
    para a Ruas das Casas,
    Número das Portas,
    ao Menino Azul que não sabe ler.)



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    Mensaje por Maria Lua Jue 05 Sep 2024, 10:35

    DESVENTURA



    TU ÉS como o rôsto das rosas:
    diferente em cada pétala.

    Onde estava o teu perfume? Ninguém soube.
    Teu lábio sorriu para todos os ventos
    e o mundo inteiro ficou feliz.

    Eu, só eu, encontrei a gota de orvalho que te alimentava,
    como um segrêdo que cai do sonho.

    Depois, abri as mãos, — e perdeu-se.

    Agora, creio que vou morrer.






    *****************
    Desventura


    ERES como el rostro de las rosas:
    diferente en cada pétalo.

    ¿Dónde estaba tu perfume? Nadie lo supo.
    Tu labio sonreía a todos los vientos
    y el mundo entero estaba feliz.

    Yo, solo yo, encontré la gota de rocío que te alimentaba,
    como un secreto que cae de un sueño.

    Entonces abrí mis manos, y se perdió.

    Ahora creo que voy a morir.



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