Aires de Libertad

¿Quieres reaccionar a este mensaje? Regístrate en el foro con unos pocos clics o inicia sesión para continuar.

https://www.airesdelibertad.com

Leer, responder, comentar, asegura la integridad del espacio que compartes, gracias por elegirnos y participar

Estadísticas

Nuestros miembros han publicado un total de 1065163 mensajes en 48376 argumentos.

Tenemos 1587 miembros registrados

El último usuario registrado es José Valverde Yuste

¿Quién está en línea?

En total hay 374 usuarios en línea: 8 Registrados, 0 Ocultos y 366 Invitados :: 2 Motores de búsqueda

cecilia gargantini, clara_fuente, Liliana Aiello, Maria Lua, Pascual Lopez Sanchez, Pedro Casas Serra, Ramón Carballal, Simon Abadia


El record de usuarios en línea fue de 1156 durante el Mar 05 Dic 2023, 16:39

Últimos temas

» Rafael Guillén (1933-2023)
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 EmptyHoy a las 15:25 por Pedro Casas Serra

» José Ángel Valente (1929-2000)
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 EmptyHoy a las 15:16 por Pedro Casas Serra

» Rosaura Álvarez (1945-
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 EmptyHoy a las 15:03 por Pedro Casas Serra

» CÉSAR VALLEJO (1892-1938) ROSA ARELLANO
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 EmptyHoy a las 15:03 por cecilia gargantini

» Clara Janés (1940-
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 EmptyHoy a las 14:54 por Pedro Casas Serra

» María Victoria Reyzábal (1944-
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 EmptyHoy a las 14:44 por Pedro Casas Serra

» Pureza Canelo (1946-
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 EmptyHoy a las 14:39 por Pedro Casas Serra

» Rosa Díaz (1946-
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 EmptyHoy a las 14:35 por Pedro Casas Serra

» 2021-08-17 a 2021-11-24 APOCALIPSIS, 21: 8: EL GENERAL MORAGUES
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 EmptyHoy a las 14:31 por cecilia gargantini

» Noni Benegas (1947-
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 EmptyHoy a las 14:11 por Pedro Casas Serra

Noviembre 2024

LunMarMiérJueVieSábDom
    123
45678910
11121314151617
18192021222324
252627282930 

Calendario Calendario

Conectarse

Recuperar mi contraseña

Galería


CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty

+5
Pedro Casas Serra
Andrea Diaz
Carmen Parra
helena
Juan Martín
9 participantes

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Jue 02 Jun 2022, 08:35

    O teu começo vem de muito longe.
    O teu fim termina no teu começo.
    Contempla-te em redor.
    Compara.
    Tudo é o mesmo.
    Tudo é sem mudança.
    Só as cores e as linhas mudaram.
    Que importa as cores, para o Senhor da Luz?
    Dentro das cores a luz é a mesma.
    Que importa as linhas, para o Senhor do Ritmo?
    Dentro das linhas o ritmo é igual.
    Os outros vêem com os olhos ensombrados.
    Que o mundo perturbou.
    Com as novas formas,
    Com as novas tintas.
    Tu verás com os teus olhos.
    Em Sabedoria.
    E verás muito além.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Jue 02 Jun 2022, 08:35

    Não digas que és dono.
    Sempre que disseres
    Roubas-te a ti mesmo.
    Tu, que és senhor de tudo...
    Deixa os escravos rugirem,
    Querendo.
    Inutiliza o gesto possuidor das mãos.
    Sê a árvore que floresce
    Que frutifica
    E se dispersa no chão.
    Deixa os famintos despojarem-te.
    Nos teus ramos serenos
    Há florações eternas
    E todas as bocas se fartarão.


    *******************


    Eles te virão oferecer o ouro da Terra.
    E tu dirás que não.
    A beleza.
    E tu dirás que não.
    O amor.
    E tu dirás que não, para sempre.
    Eles te oferecerão o ouro d’além da Terra.
    E tu dirás sempre o mesmo.
    Porque tens o segredo de tudo.
    E sabes que o único bem é o réu.



    ***********************


    Os teus ouvidos estão enganados.
    E os teus olhos.
    E as tuas mãos.
    E a tua boca anda mentindo
    Enganada pelos sentidos.
    Aze silêncio no teu corpo.
    E escuta-te.
    Há uma verdade silenciosa dentro de ti.
    A verdade sem palavras.
    Que procuras inutilmente,
    Há tanto tempo,
    Pelo teu corpo, que enlouqueceu.



    ************************


    Este é o caminho de todos que virão.
    Para te louvarem.
    Para não te verem.
    Para te cobrirem de maldição.
    Os teus braços são muito curtos.
    E é larguíssimo este caminho.
    Com eles não poderás impedir
    Que passem, os que terão de passar,
    Nem que fiques de pé,
    Na mais alta montanha,
    Com os teus braços em cruz.








    Última edición por Maria Lua el Dom 07 Ene 2024, 13:04, editado 3 veces


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Dom 07 Ago 2022, 14:46

    AGOSTO




    SOPRA, VENTO, sopra, vento
    ai, vento do mês de agosto',
     passa por sobre meu rosto
    e sobre o meu pensamento.


    Vai levando meu desgosto!
    Lança destes altos montes
    às frias covas do oceano
    meu sonho sem horizontes,
    claro, puro e sobre-humano.


    Sem saudade mais nenhuma
    te ofereço meus segredos, 
    para serem flor de espuma
    que a praia mova em seus dedos,
    quando se vestir de bruma ...


    Mova entre a lua inconstante
    e a inconstantíssima areia,
    que todo o mundo assim creia
    meu sonho morto e distante,


    morto, distante, acabado,
    ó vento do céu profundo!
    que tudo é bom, no passado,
    que nos fez sofrer, no mundo,
    ao ter de ser suportado ..• 


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Sáb 13 Ago 2022, 08:51

    SOLOMBRA




    Ilustrações de Pomar


    Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1963


    Há mil rostos na terra: e agora não consigo
    recordar um sequer. Onde estás? inventei-te?
    Só vejo o que não vejo e que não sei se existe.

    Esperamos assim. Por esperança, a espera
    vai-se tornando sonho afável; mas descubro
    no olhar que te procura uma névoa de orvalho.

    Qualquer palavra que te diga é sem sentido.
    Eu estou sonhando, eu nada escuto, eu nada alcanço.
    Quem me vê não me vê, que estou fora do mundo.

    Lá, constante presença em memória guardada,
    percebo a tua essência — e não sei nem teu nome.
    E à tentação de tantas máscaras felizes

    se opõe meu leal, nítido sangue.



    ***




    Eu sou essa pessoa a quem o vento chama, 
    a que não se recusa a esse final convite, 
    em máquinas de adeus, sem tentação de volta. 

    Todo horizonte é um vasto sopro de incerteza: 
    Eu sou essa pessoa a quem o vento leva: 
    já de horizontes libertada, mas sozinha. 

    Se a Beleza sonhada é maior que a vivente,  
    dizei-me: não quereis ou não sabeis ser sonho?  
    Eu sou essa pessoa a quem o vento rasga. 

    Pêlos mundos do vento, em meus cílios guardadas  
    vão as medidas que separam os abraços.  
    Eu sou essa pessoa a quem o vento ensina: 

    «Agora és livre, se ainda recordas».


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Sáb 13 Ago 2022, 09:27

    Os teus ouvidos estão enganados.
    E os teus olhos.
    E as tuas mãos.
    E a tua boca anda mentindo
    Enganada pelos sentidos.
    Faz silêncio no teu corpo.
    E escuta-te.
    Há uma verdade silenciosa dentro de ti.
    A verdade sem palavras.
    Que procuras inutilmente,
    Há tanto tempo,
    Pelo teu corpo, que enlouqueceu.






    *******************




    Tus oídos están engañados.
    Y tus ojos.
    Y tus manos.
    Y tu boca miente
    Engañada por los sentidos.
    Haz silencio en tu cuerpo.
    Y escucha.
    Hay una verdad silenciosa dentro de ti.
    La verdad sin palabras.
    que buscas en vano,
    Un largo tiempo,
    Por tu cuerpo, que se ha vuelto loco.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]

    A Amalia Lateano le gusta esta publicaciòn

    Amalia Lateano
    Amalia Lateano


    Cantidad de envíos : 4342
    Fecha de inscripción : 29/04/2022

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Amalia Lateano Sáb 13 Ago 2022, 10:54

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Lun 22 Ago 2022, 21:32

    ¿De qué están hechos los días?
    - De pequeños deseos,
    nostalgia lenta,
    recuerdos silenciosos


    En medio de penas oscuras,
    flashes momentáneos:
    vaga felicidad
    esperanzas innatas.


    De locura, de crímenes,
    de pecados, de glorias
    - el miedo que une
    Todos estos cambios.


    Dentro de ellos vivimos
    dentro de ellos lloramos
    en finales difíciles
    y en siniestras alianzas ...


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Vie 16 Sep 2022, 16:32

    REINVENCIÓN

    La vida sólo es posible
    Reinventada.

    Anda el sol por las campiñas
    Y pasear la mano dorada
    Por las aguas, por las hojas ...
    ¡Ah! Todas las burbujas
    Que vienen de fundas piscinas
    De ilusionismo ... - más nada.

    Pero la vida, la vida, la vida,
    La vida sólo es posible
    Reinventada.

    Viene la luna, viene, retira
    Las esposas de mis brazos.
    Diseño por espacios
    Llenos de tu figura.
    ¡Todos mentiras! Mentira
    De la luna, en la noche oscura.

    No te encuentro, no te alcanzo ...
    Sólo en el tiempo equilibrado,
    Desprendiéndome del balance
    Que además del tiempo me lleva.

    Sólo en la oscuridad,
    Recibida y dada.

    Porque la vida, la vida, la vida,
    La vida sólo es posible
    Reinventada.




    ******************


    MOTIVO

    Yo canto porque el instante existe
    Y mi vida está completa.
    No soy alegre ni soy triste:
    Soy poeta.

    Hermano de las cosas fugaces,
    No siento gozo ni tormento.
    Pasadas noches y días
    En el viento.

    Si se desmorona o se edifica,
    Si permanezco o me deshago
    - no sé, no sé. No sé si me quedo
    O paso.

    Sé que canto. Y la canción es todo.
    Tiene sangre eterna el ala ritmada.
    Y un día sé que estar mudo:
    - nada mas.


    Última edición por Maria Lua el Vie 24 Mayo 2024, 20:55, editado 1 vez


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Vie 16 Sep 2022, 16:33

    RETRATO

    No tenía este rostro de hoy,
    Así que, tan triste, tan delgado,
    Ni estos ojos tan vacíos,
    Ni el labio amargo.

    No tenía estas manos sin fuerza,
    Tan paradas y frías y muertas;
    No tenía este corazón
    Que no se muestra.

    No he dado por este cambio,
    Tan simple, tan segura, tan fácil:
    - En qué espejo se perdió
    Mi cara?


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Vie 16 Sep 2022, 16:34

    CADA PALABRA UNA HOJA

    Cada palabra una hoja
    En el lugar correcto.

    Una flor de vez en cuando
    En la rama abierta.

    Un pájaro parecía
    De pie y cerca.

    Pero no: que iba y venía el verso
    Por el universo.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Vie 16 Sep 2022, 16:35

    HUMILDAD


    ¡Tanto que hacer!
    Libros que no se leen, cartas que no se escriben,
    Lenguas que no se aprenden,
    El amor que no se da,
    Todo lo que se olvida.

    Amigos entre adiós,
    Los niños llorando en la tempestad,
    Ciudadanos firmando papeles, papeles, papeles ...
    Hasta el final del mundo firmando papeles.

    Y los pájaros detrás de rejas de lluvia.
    Y los muertos en redoma de alcanfor.

    (Y una canción tan bella!)

    ¡Tanto que hacer!
    Y sólo lo hicimos.
    Y nunca supimos quién éramos,
    Ni para qué.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Vie 16 Sep 2022, 16:36

    SEGUNDO MOTIVO DE LA ROSA

    A Mário de Andrade

    Por más que te celebre, no me escuchas,
    Aunque en forma y nácar te parezcan
    A la concha, a la musical oreja
    Que graba el mar en las íntimas vueltas.

    Te dejo en cristal, frente a espejos,
    Sin eco de cisternas o de cuevas ...
    Ausencias y cegueras absolutas
    A las avispas ya las abejas,

    Y a quien te adora, oh sorda y silenciosa,
    Y ciega y hermosa e interminable rosa,
    Que en tiempo y aroma y verso te transmuta!

    Sin tierra ni estrellas brisas, presa
    A mi sueño, insensible a la belleza
    Que eres y no sabes, porque no me escuchas. .


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Vie 16 Sep 2022, 16:37

    EL CABALLO MUERTO

    Vi la niebla de la madrugada
    Deslizar sus gestos de plata,
    Mover densidad de opala
    En aquel pórtico de sueño.

    En la frontera había un caballo muerto.

    Los granos de cristal rodaban por
    Su flanco nítido: y algún viento
    Le hacía las crines, pequeño,
    A arabesco, triste adorno

    - y movía la cola al caballo muerto.

    Las estrellas todavía vivían
    Y aún no nacieron
    ¡Ay! Las flores de aquel día ...

    - pero era un cantero su cuerpo:

    Un jardín de lirios, el caballo muerto.

    Muchos viajeros contemplaron
    La fluida música, la orvalada
    De las grandes moscas de esmeralda
    Llegando a rumoroso chorro.

    Adelante triste, el caballo muerto.

    Y se veían unos caballos vivos,
    Altos como esbeltos buques,
    Galopando en los aires finos,
    Con felices perfiles de sueño.

    Blanco y verde se veía el caballo muerto,

    En el campo enorme y sin recurso

    - y lentamente giraba el mundo
    Entre sus pestañas, turbio
    En las lunas de espejo morado.

    Daba el sol en los dientes del caballo muerto.

    Pero todos tenían mucha prisa,
    Y no se sintieron como la tierra
    Y en el caso de la legua,
    El ágil, el inmenso, el etéreo soplo
    Que faltaba aquel marco.

    ¡Tan pesado, el pecho del caballo muerto!


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Dom 18 Sep 2022, 17:11

    Segundo Motivo da Rosa


    Por mais que te celebre, não me escutas,
    embora em forma e nácar te assemelhes
    à concha soante, à musical orelha
    que grava o mar nas íntimas volutas.

    Deponho-te em cristal, defronte a espelhos,
    sem eco de cisternas ou de grutas…
    Ausências e cegueiras absolutas
    ofereces às vespas e às abelhas.

    E a quem te adora, ó surda e silenciosa,
    e cega e bela e interminável rosa,
    que em tempo e aroma e verso te transmutas!

    Sem terra nem estrelas brilhas, presa
    a meu sonho, insensível à beleza
    que és e não sabes, porque não me escutas…



    ****************



    SEGUNDO MOTIVO DE LA ROSA

    A Mário de Andrade

    Por más que te celebre, no me escuchas,
    Aunque en forma y nácar te parezcan
    A la concha, a la musical oreja
    Que graba el mar en las íntimas vueltas.

    Te dejo en cristal, frente a espejos,
    Sin eco de cisternas o de cuevas ...
    Ausencias y cegueras absolutas
    A las avispas ya las abejas,

    Y a quien te adora, oh sorda y silenciosa,
    Y ciega y hermosa e interminable rosa,
    Que en tiempo y aroma y verso te transmuta!

    Sin tierra ni estrellas brisas, presa
    A mi sueño, insensible a la belleza
    Que eres y no sabes, porque no me escuchas. . .


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Jue 06 Oct 2022, 08:50


    METAL ROSICLER, 9


    Falou-me o afinador de planos, esse
    que mensalmente escuta cada nota
    e olha para os bemóis e sustenidos
    ouvindo e vendo coisa mais remota.
    E estão livres de engano os seus ouvidos
    e suas mãos que em cada acorde acordam
    os sons felizes de viverem juntos.

    “Meu interesse é de desinteresse:
    pois musica e instrumento não confundo,
    que afinador apenas sou, do piano,
    a letra da linguagem desse mundo
    que me eleva a conviva sobre-humano.
    Oh! que Física nova nesse plano
    para outro ouvido, sobre outros assuntos..


    _________________



    METAL ROSICLER, 9

    Me habló el afinador de pianos, ese
    Que escucha cuidadosamente cada nota
    Y mira para los bemoles y sostenidos
    Oyendo y viendo algo más remoto.
    Y están libres de engaño sus oídos
    Y sus manos que en cada acorde despiertan
    Los sonidos felices de vivir juntos.

    "Mi interés es de desinterés:
    Porque música e instrumento no confundo,
    Que el afinador apenas soy, del piano,
    La letra del lenguaje de este mundo
    Que me eleva la conviva sobrehumana.
    ¡Oh! Que física nueva en ese plano
    Para otro oído, sobre otros asuntos ... "


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Miér 26 Oct 2022, 13:53

    As meninas


    Arabela
    abria a janela.

    Carolina
    erguia a cortina.

    E Maria
    olhava e sorria:
    “Bom dia!”

    Arabela
    foi sempre a mais bela.

    Carolina,
    a mais sábia menina.

    E Maria
    apenas sorria:
    “Bom dia!”

    Pensaremos em cada menina
    que vivia naquela janela;

    uma que se chamava Arabela,
    uma que se chamou Carolina.

    Mas a profunda saudade
    é Maria, Maria, Maria,

    que dizia com voz de amizade:
    “Bom dia!”




    *******************




    A bailarina



    Esta menina
    tão pequenina
    quer ser bailarina.
    Não conhece nem dó nem ré
    mas sabe ficar na ponta do pé.

    Não conhece nem mi nem fá
    Mas inclina o corpo para cá e para lá

    Não conhece nem lá nem si,
    mas fecha os olhos e sorri.

    Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
    e não fica tonta nem sai do lugar.

    Põe no cabelo uma estrela e um véu
    e diz que caiu do céu.

    Esta menina
    tão pequenina
    quer ser bailarina.

    Mas depois esquece todas as danças,
    e também quer dormir como as outras crianças.


    Última edición por Maria Lua el Mar 26 Mar 2024, 20:35, editado 1 vez


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Miér 26 Oct 2022, 13:54

    Interlúdio


    As palavras estão muito ditas
    e o mundo muito pensado.
    Fico ao teu lado.

    Não me digas que há futuro
    nem passado.
    Deixa o presente — claro muro
    sem coisas escritas.

    Deixa o presente. Não fales,
    Não me expliques o presente,
    pois é tudo demasiado.

    Em águas de eternamente,
    o cometa dos meus males
    afunda, desarvorado.

    Fico ao teu lado.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Miér 26 Oct 2022, 13:57

    Ou isto ou aquilo


    Ou se tem chuva e não se tem sol,
    ou se tem sol e não se tem chuva!

    Ou se calça a luva e não se põe o anel,
    ou se põe o anel e não se calça a luva!

    Quem sobe nos ares não fica no chão,
    quem fica no chão não sobe nos ares.

    É uma grande pena que não se possa
    estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

    Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
    ou compro o doce e gasto o dinheiro.

    Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…
    e vivo escolhendo o dia inteiro!

    Não sei se brinco, não sei se estudo,
    se saio correndo ou fico tranquilo.

    Mas não consegui entender ainda
    qual é melhor: se é isto ou aquilo.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Miér 26 Oct 2022, 20:44

    CANÇÃO MÍNIMA

    No mistério do sem-fim
    equilibra-se um planeta.

    E, no planeta, um jardim,
    e, no jardim, um canteiro;

    no canteiro uma violeta,
    e, sobre ela, o dia inteiro,

    entre o planeta e o sem-fim,
    a asa de uma borboleta.




    ******************




    CANCIÓN MÍNIMA

    En lo oscuro del sinfín
    equilíbrase un planeta.

    Y, en el planeta, un jardín,
    y, en el jardín, un cantero;

    en el cantero, violeta,
    y, sobre ella, el día entero,

    entre planeta y sinfín,
    una ala de mariposa.






    Versión de Pedro Casas Serra




    **************




    Quando penso no teu rosto,
    fecho os olhos de saudade;
    tenho visto muita coisa,
    menos a felicidade.
    Soltam-se os meus dedos tristes,
    dos sonhos claros que invento.
    Nem aquilo que imagino
    já me dá contentamento.



    *******************


    Cuando pienso en tu cara,
    Cierro los ojos con "saudade"
    he visto mucha cosa,
    menos la felicidad.
    Se sueltan mis dedos tristes,
    de los sueños claros que invento.
    Tampoco lo que imagino
    ya me hace contento..


    Última edición por Maria Lua el Vie 24 Mayo 2024, 20:57, editado 1 vez


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Lun 07 Nov 2022, 08:27

    Cecília Benevides de Carvalho Meireles (Río de Janeiro, 7 de noviembre de 1901 — Río de Janeiro, 9 de noviembre de 1964) fue una poeta, profesora y periodista brasileña. Cecília Meireles tuvo tres hijas con el pintor Fernando Correia Dias, entre ellas la actriz María Fernanda Meireles


    Biografía

    Sus padres fallecieron siendo ella muy pequeña, y fue criada por su abuela. Concurrió a la Escuela Normal de Río de Janeiro, entre 1913 y 1916,2​ y comenzó a escribir poesía a los 9 años.

    Estudió lenguas, literatura, música, folclore y teoría educacional. A los 18 años publicó su primer libro de poesía, que se enmarca en diferentes corrientes literarias, por lo que es considerado "atemporal".

    En 1922 se casó con el pintor portugués Fernando Correia Dias, con quien tuvo tres hijas. Correia Dias sufría de depresión aguda y se suicidó en 1935. En 1940 Meireles se casa con Heitor Vinícius da Silveira Grilo, profesor e ingeniero agrónomo.

    Se desempeñó además como periodista, publicando sobre temas educativos (área a la que se mantiene ligada, fundando en 1934 la primera biblioteca infantil de Río de Janeiro).1​ Escribió numerosos libros de literatura infantil, entre ellos: Leilão de Jardim, O Cavalinho Branco, Colar de Carolina, O mosquito escreve, Sonhos da menina, O menino azul y A pombinha da mata.

    A partir de 1934, dio conferencias sobre Literatura Brasileña en Portugal (Lisboa y Coímbra) y, en 1936, fue contratada en la Universidad Federal de Río de Janeiro. En 1940 enseñó en la Universidad de Texas.​

    Entre 1936 y 1938 colaboró con el periódico A Manhã y con la revista Observador Econômico.​

    A lo largo de su carrera pronunció numerosas conferencias alrededor del mundo.

    Al fallecer en 1964 es velada con grandes honores públicos, y se designan con su nombre varias escuelas y bibliotecas de Brasil y Chile.2​

    Obra
    Parte de su obra poética se enmarca en la vanguardia del Modernismo brasileño, junto con Manuel Bandeira y Carlos Drummond de Andrade. Se destaca además en su poesía la técnica, y la riqueza humana de la misma.

    En cuanto al oficio de poeta, Meireles refiere:
    "No sé si las actuales condiciones del mundo permiten el equilibrio de forma y expresión, porque serían raros los poetas en tal estado de vivencia puramente poética, libres del aturdimiento del tiempo, que logren hacer del grito música, esto es, que creen poesía como se forman los cristales. Pero creo que todos padecen, si son poetas. Porque al final se siente que el grito es grito y la poesía ya es el grito (con toda su fuerza), pero transfigurado."



    Espectros, 1919
    Criança, meu amor, 1923
    Nunca mais..., 1923
    Poema dos Poemas, 1923
    Baladas para El-Rei, 1925
    Saudação à menina de Portugal,1930
    Batuque, samba e Macumba, 1933
    O Espírito Vitorioso, 1935
    A Festa das Letras, 1937
    Viagem, 1939
    Vaga Música, 1942
    Poetas Novos de Portugal, 1944
    Mar Absoluto, 1945
    Rute e Alberto, 1945
    Rui — Pequena História de uma Grande Vida 1948
    Retrato Natural, 1949
    Problemas de Literatura Infantil, 1950
    Amor em Leonoreta, 1952
    Doze Noturnos de Holanda e o Aeronauta, 1952
    Romanceiro da Inconfidência, 1953
    Poemas Escritos na Índia, 1953
    Batuque, 1953
    Pequeno Oratório de Santa Clara, 1955
    Pistóia, Cemitério Militar Brasileiro, 1955
    Panorama Folclórico de Açores, 1955
    Canções, 1956
    Giroflê, Giroflá, 1956
    Romance de Santa Cecília, 1957
    A Bíblia na Literatura Brasileira, 1957
    A Rosa, 1957
    Obra Poética,1958
    Metal Rosicler, 1960
    Poemas de Israel, 1963
    Antologia Poética 1963
    Solombra, 1963
    Ou Isto ou Aquilo, 1964
    Escolha o Seu Sonho, 1964
    Crônica Trovada da Cidade de San Sebastian do Rio de Janeiro, 1965
    O Menino Atrasado, 1966
    Poésie (en francés), 1967
    Antologia Poética, 1968
    Poemas Italianos, 1968
    Poesias, 1969
    Flor de Poemas, 1972
    Poesias Completas, 1973
    Elegias, 1974
    Flores e Canções, 1979
    Poesia Completa, 1994
    Obra em Prosa - 6 volúmenes, 1998
    Canção da Tarde no Campo, 2001
    Episódio Humano, 2007


    Premios recibidos
    1939 Premio de poesía Olavio Bilac, de la Academia Brasileña de Letras, por Viagem.​
    1942 Socia honoraria del Real Gabinete Português de Leitura, en Río de Janeiro.
    1952 Oficial de la Orden del Mérito de Chile.​
    1953 Socia honoraria del Instituto Vasco da Gama, en Goa (India).
    1953 Doctora honoris causa, de la Universidad de Nueva Delhi.
    1962 Premio por traducción en teatro, de la Asociación Paulista de Críticos de Arte.
    1963 Premio Jabuti, por la traducción de obra literaria del libro Poemas de Israel.
    1964 Premio Jabuti de poesía, por su libro Solombra.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Lun 07 Nov 2022, 13:08

    Cecília Benevides de Carvalho Meireles, nacida el el 7 de noviembre de 1901 en Río de Janeiro, Brasil, fue una poetisa, maestra y periodista, cuya poesía lírica y altamente personal, a menudo simple pero con simbolismos complejos e imágenes, le valieron una posición importante en la literatura brasileña del siglo XX.
    Huérfana a una edad temprana, su padre muere tres meses antes de su nacimiento y su madre cuando contaba dos años y medio, acabó siendo criada por su abuela materna, Jacinta, y por su ama de llaves, Pedrina. Tanto una como otra tuvieron una fuerte influencia en la vida profesional posterior de Cecília: la abuela, en el gusto por la lectura, y Pedrina por las canciones y leyendas folklóricas, que acabaron por formar parte del repertorio literario de la escritora.
    De pequeña estudio violín, literatura e idiomas. Teorías y métodos educativos, música, folklore, las civilizaciones orientales, etc.

    Comenzó su carrera en el magisterio con 17 años. Un año después publicó su primer libro de poemas, ”Espectro”.
    Conoce, por entonces, al pintor portugués Fernando Correia Dias, radicado en Brasil desde antes de la Primera Guerra Mundial. Hombre afectado por profundas crisis depresivas y contrastantes estados anímicos, se casará con Cecilia Meireles en 1922 y compartirá con ella algunas de sus más ricas experiencias espirituales. De hecho, son suyas las interesantes ilustraciones que acompañan los textos de Nunca mais… e Poema dos poemas, libro aparecido en 1924.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Lun 07 Nov 2022, 13:09

    El nacimiento de María Elvira, primera hija del matrimonio, constituyó un poderoso estímulo en la aproximación de Cecilia Meireles a la literatura infantil. A su labor docente y a su producción poética, añade entonces la escritora la elaboración de un libro que, poco después de su aparición, será adoptado oficialmente como texto de lectura en las escuelas. La obra se tituló Crianca, meu amor (Niño, mi amor. 1923) Nunca mais es también de 1923
    A la primera María, siguieron dos más: María Matilde y María Fernanda, y las tres habrían de convertir a Cecilia Meireles en abuela de una numerosa descendencia. El tercer libro de poesía vino a luz poco después de nacer su tercera hija. Se tituló Baladas para El-Rei,( 1925) y también lo ilustró Fernando Correia Dias.

    Por estos años se vinculó a los poetas modernistas de Río que publicaron Festa (1927-1929 y 1934-1935), haciendo que se interesara por la poesía portuguesa, cuyo simbolismo es bien diferente del francés gracias al concepto, intraducible, de saudade. El Modernismo de los poetas de Festa fue más equilibrado y meditativo que aquel postulado por los futuristas y vanguardistas de São Paulo y la Semana de Arte Moderna. El grupo modernista de Río ha sido descrito como «Tradicionalismo dinámico». Sus consignas incluían velocidade (velocidad en la expresión más que libertad formal), totalidade (ninguna forma de la realidad debía ser excluída), brasilidade (atención a la naturaleza y costumbres del Brasil) y universalidade (universalidad).


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Lun 07 Nov 2022, 13:09

    Como profesora opositó, en 1929, a la cátedra de Literatura de la Escuela Normal del Distrito Federal, quedando en segundo lugar. Su tesis defendía una modernización de la enseñanza, siguiendo los principios de la Escuela Nueva, entre los que destacaba que el trabajo del profesor debía ser realizado con amor y enfocado al desarrollo del niño y el valor de la libertad. Y que en la enseñanza primaria debía incluirse la música, la pintura, las artes. Y conducir a los niños en su aprendizaje, escucharlo, no someterlo. Abogaba también por una educación laica El tribunal examinador consideró muy osada su propuesta. Pero ella siguió defendiendo siempre los postulados de una educación más moderna y renovadora.

    De 1930 a 1933, escribió artículos diarios sobre educación en el periódico Diário de Notícias. Y de 1941 a 1943 en el diario A Manhã (La Mañana). Siendo la primer mujer columnista de un periódico. El pensamiento de los educadores como Anísio Teixeira y Fernando de Azevedo encontró sucesivo eco en su columna periodística. Ya antes, bajo el título de Pedagogia de ministro, en el Diário de Notícias (del 30 de abril de 1931), había criticado duramente la política educativa que llevaba a cabo Francisco Campos, Ministro de Educación y Salud. En otros tres artículos en el mismo diario, continuó abundando en su crítica.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Lun 07 Nov 2022, 13:10

    Su lucha por una educación de mayor calidad para su país la llevó a firmar en 1932 con otros grandes educadores brasileños, el manifiesto de la Nova Escola, y dos años después, en 1934, fue invitada por Anísio Teixeira, que a la sazón era director del departamento de Educación del Distrito Federal, para que desarrollase sus ideas educativas en el Centro de Cultura Infantil de Rio, y la creación de la biblioteca para niños, siendo ésta una experiencia piloto. Se puede considerar, por todo ello, a Cecília Meireles como una educadora militante.

    El suicidio de su marido, en 1935, fue para ella terrible, teniendo que quedar de cabeza de familia criando a sus tres hijas. Pero también, porque en este mismo año, Anísio Teixeira tuvo que dimitir de su cargo, siendo sustituido por su enemigo político Francisco Campos, situación que le provocó a Cecília una gran inestabilidad profesional y educativa.
    Tampoco estos problemas le impidieron seguir criticando duramente al gobierno de Getúlio Vargas, al que trataba claramente de dictador, como realmente lo era. Y Getúlio acabó cerrando en 1937 el Centro Cultural Infantil, con la disculpa de que en él había actividades subversivas, como la divulgación del libro de Mark Twain, “ Las aventuras de Tom Sawyer publicado en 1876, por sus supuestas ideas comunistas.
    En 1934 dio conferencias sobre literatura brasileña en las universidades de Lisboa y Coimbra. Entre 1935 y 1937 enseñó literaturas luso-brasileñas, literaturas comparadas e historia y filosofía oriental en la recién fundada Universidad Federal de Río.
    En 1937 aparece Viagem, después de catorce años de silencio poético y afirma a Cecilia como poeta. Es ahí donde comienza su madurez.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Lun 07 Nov 2022, 13:11

    En 1940 Meireles se casa con Heitor Vinícius da Silveira Grilo, profesor e ingeniero agrónomo, con quien tiene otra hija​.
    Cecília inscribe su libro Viagem en un concurso de poesía de la Academia Brasileira de Letras. Concurrió al premio denominado Olavo Bi-lac, que ofrecía una buena cantidad de dinero. Ganó dicho premio, pero no profirió su discurso de agradecimiento, por haber sufrido censura por parte de algunos académicos.

    En 1940 pasó a ser profesora de Literatura y Cultura Brasileña en la universidad Estadounidense de Texas. En los años siguientes continuó publicando otros muchos libros, casi sin tregua: Vaga Música (1942), Mar absoluto e Outros Poemas (1945), Retrato Natural (1949), Amor em Leonoreta (1951), Doze Noturnos de Holanda y O Aeronauta (1952) y Romanceiro da Inconfidência (1953), recapitula en éste último libro, considerado como histórico, los episodios que culminaron en la insurrección antiportuguesa de Vila Rica y en la ejecución de Tiradentes, líder del alzamiento, a fines del siglo XVIII.




    *********************************


    Romanceiro da Inconfidencia nos entrega la memoria de los mártires de lo imposible.
    Detrás de puertas cerradas, / y bajo encendidas velas, / entre sigilo y espías / / sucede la In-confidencia. / Y dice el Vicario al Poeta: / «Escríbeme aquella letra / / del versito de Virgilio…» / y le da papel y pluma / Y el Poeta al Vicario dice / con dramática prudencia: / / «Sean mis dedos cortados / antes que tal verso escriban…» / LIBERTAD, AUNQUE SEA TARDE, / se oye en torno a la mesa. / Y la bandera está viva / / y sube en la noche inmensa. / Y sus tristes inventores / ya son reos, pues osaron / hablar de la Libertad / (que nadie sabe qué sea). / … / Y la vecindad no duerme: // murmura, imagina, inventa. / No queda bandera escrita, / queda escrita la sentencia.

    Paralelamente a sus Doze Noturnos, Cecilia Meireles compuso los Poemas escritos na India pero no los publicó hasta 1962. Tal vez la explicación del distanciamiento cronológico que separa la aparición de ambos textos se explique en parte si se atiende al hecho de que constituyen dos propuestas francamente antitéticas. El repertorio de claridades y transparencias que informa los Poemas se opone diametralmente a la opacidad sin pausa de los Doze Noturnos. Se diría, cotejándolos, que la intención fue contrastar al Oriente místico y el Occidente desacralizado en un violento contrapunto de logros y fracasos morales. Esta impresión se acentúa cuando se advierte la alta correspondencia entre paisaje natural y humano celebrada por los Poemas. La comunión del hombre y la naturaleza es allí arquetípica. Se trata, por eso, de una de las obras donde más intenso es el goce de los valores propugnados por el ideario de Cecilia Meireles y donde, en contraste con el mundo occidental, la India se recorta como sitio de alianza plena, casi sensual, entre lo secular y lo sagrado. Podría concluirse, en consecuencia, que la tardía edición de Poemas respondió al deseo de presentarlos a la manera de un último mensaje o conclusión lírica empeñada en señalar el camino necesario.







    Última edición por Maria Lua el Dom 08 Sep 2024, 16:50, editado 1 vez


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Lun 07 Nov 2022, 13:12

    Cronológicamente, sin embargo, el libro final fue Solombra, difundido un año antes de su muerte, en 1963. Ya el título anticipa la atmósfera esencial en que la encontraremos al terminar su vida: la ambigüedad, el insalvable claroscuro. Por una parte, el intenso misticismo, el vivo, ardiente anhelo de trascendencia; por otra, el flujo sombrío del devenir, el vértigo de un tiempo que devora lo que toca en su transcurso. Es decir que esta última obra retoma las tradicionales disyuntivas de la identidad occidental de Cecilia Meireles como si con ella hubiera querido decirnos que era suya la trágica senda de su cultura. Sin identificarse con lo secular, no pudo, tampoco, ascender definitivamente a lo sagrado. La encontramos, pues, entre el sol y la sombra, Solombra, tierra de inciertas señales. Casi geométricamente se cierra la trayectoria de Cecilia Meireles. La vivencia absurda que orientara al Poema dos Poemas reaparece, asfixiante en Solombra. Allí está, también, la tajante disyuntiva entre el polo de la luz y el de la muerte y, por último, junto a la elegiaca celebración del canto como consuelo, reaparece, en cada uno de sus poemas, el sentimiento de que la vida es un destino incumplido (Santiago Kovadloff). A lo largo de todos esos años fue una “educadora andante”, recorriendo América.



    ******************





    En 1953 fue nombrada Doctora Honoris Causa por la Universidad de Nueva Delhi, donde viajó para participar en el acto. Todavía en el último año de su vida, 1964, publicó Ou isto, ou aquilo y Escolha seu sonho (O esto, o aquello y Escoja su sueño). Pero, con su salud muy debilitada, el 9 de noviembre de ese mismo año fallecía en su ciudad natal. El 6 de julio de 1932, en la revista Vida Prática de Rio había escrito:

    Es necesario creer en el sueño.
    Y salvarlo siempre. Para ser salvados.
    Para dejar la frente radiosa de nuestra alegría
    en el último canto, y en la última sombra,
    donde otras vidas después
    vengan un día a preguntar
    las cosas que hoy nos estamos preguntando






    Última edición por Maria Lua el Dom 08 Sep 2024, 16:53, editado 1 vez


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Lun 07 Nov 2022, 13:13

    Gran parte de su trabajo se recoge en Obra poética (1958), en esta Antología Cecília no incluye sus tres primeros libros.
    Varios de sus poemas han sido traducidos al inglés para antologías.

    Dice de Cecília Meireles, Pedro Sevylla de Juana:

    “Conocí a Cecília Meireles hace unos años, cinco o seis quizá. Desde entonces la tengo en mi altar literario. En aquel momento, después de las primeras lecturas, escribí: ¿Son los ojos, cielo sin fondo de nubes transparentes, de Cecília, lo importante para mí? ¿Lo es la mirada abierta y confiada, esos límites del Universo que ella alcanza? ¿Es el manantial inagotable de su sonrisa lo importante? Sí, porque su palabra simple y pura, surge en la mente armónica para expresar lo que ve su mirada; y para exponer lo recibido a través de todas las lenguas que entiende y habla. Sí, porque su rostro, y lo que el rostro revela del interior armónico, me entregan el estímulo necesario para profundizar en su obra. Para llegar más allá de su fértil imaginación, y de la fascinante facilidad de encantamiento.”


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Lun 07 Nov 2022, 13:16

    Del artículo La huella digital: “Una revista hacia Hispanoamérica” Por Luis Pablo Núñez extractamos:

    Recordando la amistad entre estas dos escritoras, Cecília Meireles (1901-1964) y Gabriela Mistral (1889-1957), premio Nobel de Literatura en 1945, la Academia Chilena de la Lengua y la Academia Brasileira de Letras realizaron hace quince años una muy cuidada edición en la que poesía de una conversaba con la de la otra. Para ello, reimprimieron el ensayo que Cecília compuso sobre la vida y obra de Gabriela y sumaron el escrito por la chilena Adriana Valdés sobre Cecília, junto con una selección de poemas de una y otra poeta con su traducción confrontada al español o portugués, según correspondiera.

    La edición bilingüe supone así un homenaje hacia la poesía de estas dos mujeres, que, más allá de la profunda religiosidad que impregna la obra de Mistral, compartieron una visión semejante de la vida y una misma profesión, pues ambas fueron maestras. Cada una ha sido reconocida en su respectivo país, como se puede ver al haber sido escogidas sus efigies para billetes de curso legal de Chile y Brasil.




    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Lun 07 Nov 2022, 13:19

    De Revista Pesquisa. En el trabajo que suscribe Ana Paula Orlandi que titula: Mucho más allá de la poesía, expresa:

    Hace 100 años, cuando en Brasil las mujeres ni siquiera podían votar, una joven de 19 años sobresalió por lo que, en su momento, fue tildado como “una osadía”. Sin pelos en la lengua, la muchacha, que oficiaba como secretaria de la asamblea fundacional de la Liga Femenina Brasileña, un grupo centrado en el debate de los derechos femeninos, no pudo contenerse y cuestionó los discursos de un obispo y un sacerdote en una ceremonia que se llevaba a cabo en el salón de la Asociación de Empleados de Comercio, en Río de Janeiro. “Esos religiosos, invitados por un grupo de católicas, generaron revuelo entre la audiencia al enumerar las penas en el infierno que algunas mujeres tendrían que saldar en caso de no avenirse a convertirse al catolicismo”, relata Valéria Lamego, investigadora visitante del Programa Avanzado de Cultura Contemporánea de la Universidad Federal de Río de Janeiro (UFRJ). “En medio del tumulto, Cecília Meireles tomó la palabra y advirtió: ‘La Liga Femenina será una institución laica, recibirá a personas de todos los credos religiosos. Yo soy una librepensadora’.



    La mujer que se describe en las líneas anteriores no condice para nada con la imagen frágil que suele adjudicársele. “De hecho, son pocos los que conocen su trayectoria, la de una mujer que siempre trajinó y bregó por sus ideas”, dice Lamego. “Ella no enarboló banderas políticas en su obra poética, pero sí fuera de ella”.

    En las últimas cuatro décadas, al alumbrar aspectos poco conocidos de la vida y obra de la autora, estudiosas tales como Lamego y Ana Maria Domingues de Oliveira han concretado una contribución para deconstruir el estereotipo de quien fuera folclorista, dramaturga, crítica literaria, docente, periodista y traductora de autores extranjeros entre quienes se cuentan la británica Virginia Woolf ), el español Federico García Lorca), el indio Rabindranath Tagore Ibsen, Rilke, Anouilh y Maeterlinck.

    Y también fue artista visual, tal como dan fe los dibujos que ilustran y que forman parte del libro intitulado Batuque, samba e macumba: Estudos de gesto e de ritmo 1926-1934, editado originalmente en 1983 por la editorial Funarte con el auspicio de una institución bancaria, y que tuvo una tercera reedición al final del año pasado que corrió por cuenta de Global Editora. “Además de ser una gran poeta, Cecília Meireles era una intelectual multifacética”, pondera Oliveira, docente jubilada de la Facultad de Ciencias y Letras de la Universidade Estadual Paulista (FCL-Unesp), campus de Assis. “Lamentablemente, quedó estigmatizada, incluso en el ámbito académico, como una ‘poeta etérea y ajena al mundo real’, que escribía ‘poesía femenina’, una cosa de menor importancia, siguiendo con el mismo punto de vista”.
    Aún existe material no publicado y se dice que los derechos de autor que pertenecen a la familia interfieren en su publicación.




    Premios recibidos
    1939 Premio de poesía Olavio Bilac, de la Academia Brasileña de Letras, por Viagem.
    1942 Socia honoraria del Real Gabinete Português de Leitura, en Río de Janeiro.
    1952 Oficial de la Orden del Mérito de Chile
    1953 Socia honoraria del Instituto Vasco da Gama, en Goa (India).
    1953 Doctora honoris causa, de la Universidad de Nueva Delhi
    1962 Premio por traducción en teatro, de la Asociación Paulista de Críticos de Arte.
    1963 Premio Jabuti, por la traducción de obra literaria del libro Poemas de Israel.
    Premio Jabuti de poesía, por su libro Solombra


    Otras páginas consultadas:
    LaOtra Revista
    Bs. Cuadernos hispanoamericanos Nº 463. Cecília Meireles “Entre lo secular y lo sagrado” por Santiago Kovadloff.
    Quaderns de Versàlia IX de 2019. En colaboración con Banco Sabadell. Edición en portugués y catalán con algunos trabajos y traducciones en castellano.
    “No pronuncies las palabras de los Hombres” Poemas de Cecilia Meireles por Pedro Casas Serra.
    Revista Comillas por José Paz Rodriguez Universidad de Vigo



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]








    Última edición por Maria Lua el Jue 02 Mayo 2024, 20:04, editado 2 veces


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76700
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Miér 23 Nov 2022, 20:08

    Livro VIAGEM





    EPIGRAMA N. I


    POUSA sôbre êsses espetáculos infatigáveis
    uma sonora ou silenciosa canção:
    flor do espírito, desinteressada e efêmera.
    Por ela, os homens te conhecerão:
    por ela, os tempos versáteis saberão
    que o mundo ficou mais belo, ainda que inùtilmente,
    quando por êle andou teu coração.






    EPIGRAMA N.o 2


    ÉS PRECÁRIA e veloz, Felicidade.
    Custas a vir, e, quando vens, não te demoras.
    Fôste tu que ensinaste aos homens que havia tempo,
    e, para te medir, se inventaram as horas.

    Felicidade, és coisa estranha e dolorosa.
    Fizeste para sempre a vida ficar triste:
    porque um dia se vê que as horas tôdas passam,
    e um tempo, despovoado e profundo, persiste.





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]










    Última edición por Maria Lua el Vie 10 Mayo 2024, 20:14, editado 1 vez


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]

    Contenido patrocinado


    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 16 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Contenido patrocinado


      Fecha y hora actual: Jue 21 Nov 2024, 15:31