Aires de Libertad

¿Quieres reaccionar a este mensaje? Regístrate en el foro con unos pocos clics o inicia sesión para continuar.

https://www.airesdelibertad.com

Leer, responder, comentar, asegura la integridad del espacio que compartes, gracias por elegirnos y participar

Estadísticas

Nuestros miembros han publicado un total de 1065202 mensajes en 48377 argumentos.

Tenemos 1587 miembros registrados

El último usuario registrado es José Valverde Yuste

¿Quién está en línea?

En total hay 208 usuarios en línea: 0 Registrados, 0 Ocultos y 208 Invitados :: 3 Motores de búsqueda

Ninguno


El record de usuarios en línea fue de 1156 durante el Mar 05 Dic 2023, 16:39

Últimos temas

» POETAS LATINOAMERICANOS
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 EmptyHoy a las 19:08 por Maria Lua

» LA POESIA MÍSTICA DEL SUFISMO. LA CONFERENCIA DE LOS PÁJAROS.
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 EmptyHoy a las 19:05 por Maria Lua

» LA POESÍA PORTUGUESA - LA LITERATURA PORTUGUESA
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 EmptyHoy a las 19:00 por Maria Lua

» Rabindranath Tagore (1861-1941)
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 EmptyHoy a las 18:52 por Maria Lua

» Yalal ad-Din Muhammad Rumi (1207-1273)
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 EmptyHoy a las 18:51 por Maria Lua

» EDUARDO GALEANO (1940-2015)
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 EmptyHoy a las 18:45 por Maria Lua

»  DOSTOYEVSKI
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 EmptyHoy a las 18:42 por Maria Lua

» JULIO VERNE (1828-1905)
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 EmptyHoy a las 18:37 por Maria Lua

»  FERNANDO PESSOA II (13/ 06/1888- 30/11/1935) )
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 EmptyHoy a las 18:04 por Maria Lua

» Poetas murcianos
CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 EmptyHoy a las 16:33 por Pascual Lopez Sanchez

Noviembre 2024

LunMarMiérJueVieSábDom
    123
45678910
11121314151617
18192021222324
252627282930 

Calendario Calendario

Conectarse

Recuperar mi contraseña

Galería


CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty

+5
Pedro Casas Serra
Andrea Diaz
Carmen Parra
helena
Juan Martín
9 participantes

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Lun 25 Mayo 2020, 13:02

    HUMILDADE




    Tanto que fazer!

    livros que não se lêem, cartas que não se escrevem,

    línguas que não se aprendem,

    amor que não se dá,

    tudo quanto se esquece.




    Amigos entre adeuses,

    crianças chorando na tempestade,

    cidadãos assinando papéis, papéis, papéis...

    até o fim do mundo assinando papéis.




    E os pássaros detrás de grades de chuva.

    E os mortos em redoma de cânfora.




    (E uma canção tão bela!)




    Tanto que fazer!

    E fizemos apenas isto.

    E nunca soubemos quem éramos,

    nem pra quê.




    Humildad
    [Poema - Texto completo.]
    Cecília Meireles






    ¡Tanto que hacer!
    Libros que no se leen, cartas que no se escriben,
    Lenguas que no se aprenden,
    El amor que no se da,
    Todo lo que se olvida.

    Amigos entre adiós,
    Los niños llorando en la tempestad,
    Ciudadanos firmando papeles, papeles, papeles …
    Hasta el final del mundo firmando papeles.

    Y los pájaros detrás de rejas de lluvia.
    Y los muertos en redoma de alcanfor.

    (¡Y una canción tan bella!)

    ¡Tanto que hacer!
    Y solo lo hicimos.
    Y nunca supimos quién éramos,
    Ni para qué.












    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Mar 26 Mayo 2020, 13:56

    POEMAS CHINESES....LI -PO 



    (tradução de Cecília Meireles)







    Com a taça na mão, interrogo a Lua


    A Lua está no céu sombrio. Quando chegou?
    Pouso a minha taça, para fazer-lhe essa pergunta.
    Os que querem apanhar a Lua não o podem conseguir.
    No entanto, no seu curso, a Lua acompanha os homens.
    É deslumbrante como um espelho voador, diante do
    Pavilhão vermelho.
    As brumas azuis se extinguem e desaparecem
    e seu puro esplendor cintila.
    Vemo-la somente à noite subir do mar e perder-se
    nas nuvens.
    Os homens de hoje não vêem mais a Lua de outrora.
    A Lua de hoje iluminava os homens do passado.
    Os homens do passado, homens de hoje - torrente que
    flui -
    todos contemplam a Lua, que a todos parece a mesma.
    Tudo o que desejo é que, à hora de cantar e beber,
    o luar se reflita sempre no fundo da taça de ouro.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Mar 26 Mayo 2020, 13:59

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]



    POEMAS CHINESES DE LI PO E TU FU

    Reunião de cerca de setenta poemas que enriquecem a bibliografia brasileira sobre a poesia chinesa, oferecendo ao leitor os elementos de um lirismo extremamente rico em ressonâncias e sinestesias, e, ainda, revelando uma atividade pouco conhecida da grande poeta brasileira Cecília Meireles, a de tradutora.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Jue 28 Mayo 2020, 04:06

    Vigília





    Como o companheiro é morto,


    todos juntos morreremos


    um pouco.






    O valor de nossas lágrimas


    sobre quem perdeu a vida


    não é nada.








    Amá-lo, nesta tristeza,


    é suspiro numa selva


    imensa.








    Por fidelidade reta


    ao companheiro perdido,


    que nos resta?








    Deixar-nos morrer um pouco


    por aquele que hoje vemos


    todo morto.





    **************




    VIGILIA




    Como el compañero es muerto,
    Todos juntos morimos
    un poco.


    El valor de nuestras lágrimas
    Sobre quién perdió la vida,
    no es nada.


    El amor, en esta tristeza,
    Es suspiro en una selva
    Es una buena idea.


    Por fidelidad recta
    Al compañero perdido,
    Que nos queda?


    Dejarnos morir un poco
    Por aquel que hoy vemos
    Todo muerto.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Sáb 30 Mayo 2020, 03:51

    A arte de ser feliz

    Houve um tempo em que minha janela se abria
    sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
    Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
    Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
    e o jardim parecia morto.
    Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
    e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
    Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
    E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
    Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
    Outras vezes encontro nuvens espessas.
    Avisto crianças que vão para a escola.
    Pardais que pulam pelo muro.
    Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
    Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
    Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
    Ás vezes, um galo canta.
    Às vezes, um avião passa.
    Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
    E eu me sinto completamente feliz.
    Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
    que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
    outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
    finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Sáb 30 Mayo 2020, 08:53

    Reinvenção

    A vida só é possível
    reinventada.

    Anda o sol pelas campinas
    e passeia a mão dourada
    pelas águas, pelas folhas…
    Ah! tudo bolhas
    que vem de fundas piscinas
    de ilusionismo… — mais nada.

    Mas a vida, a vida, a vida,
    a vida só é possível
    reinventada.

    Vem a lua, vem, retira
    as algemas dos meus braços.
    Projeto-me por espaços
    cheios da tua Figura.
    Tudo mentira! Mentira
    da lua, na noite escura.

    Não te encontro, não te alcanço…
    Só — no tempo equilibrada,
    desprendo-me do balanço
    que além do tempo me leva.
    Só — na treva,
    fico: recebida e dada.

    Porque a vida, a vida, a vida,
    a vida só é possível
    reinventada.


    ***************


    Recreación 



    La vida solo es posible
    recreada.

    Avanza el sol por las campiñas
    y pasea la mano dorada
    sobre las aguas, sobre las hojas…
    Ah! todo burbujas
    que surgen de profundas piscinas
    de ilusiones… — nada más.

    Pero la vida, la vida, la vida,
    la vida sólo es posible
    recreada.

    Viene la luna, viene, retira
    las esposas de mis muñecas.
    Me proyecto en espacios
    saturados de tu Figura.
    Todo mentiras! Mentira
    de la luna, en la noche oscura.

    No te alcanzo, no te encuentro…
    Sola — en el tiempo estabilizada,
    del vaivén me desprendo
    que más allá del tiempo me traslada.
    Sola — en la oscuridad,
    quedo: recibida y entregada.

    Porque la vida, la vida, la vida,
    la vida solo es posible
    recreada.


    Traducción Pedro Sevylla de Juana



    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Dom 31 Mayo 2020, 13:26

    METAL ROSICLER, 9
     
    Falou-me o afinador de pianos, esse
    que mansamente escuta cada nota
    e olha para os bemóis e sustenidos
    ouvindo e vendo coisa mais remota.
    E estão livres de engano os seus ouvidos
    e suas mãos que em cada acorde acordam
    os sons felizes de viverem juntos.
     
    "Meu interesse é de desinteresse:
    pois música e instrumento não confundo,
    que afinador apenas sou, do piano,
    a letra da linguagem desse mundo
    que me eleva a conviva sobre-humano.
    Oh! que Física nova nesse plano
    para outro ouvido, sobre outros assuntos...”


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Miér 03 Jun 2020, 08:45

    CECILIA MEIRELES: DEFENSORA DE LA LIBERTAD

    por María y Bárbara

               El 9 de Noviembre se cumplen 50 años de la muerte de [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]Cecilia Meireles una de las grandes valedoras de la libertad, destacada por ser una poetisa, profesora y periodista brasileña. Fue fundamental su papel en la defensa de una escuela pública libre, mixta, exenta de la intervención de la iglesia. 
    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]
    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]


               Sus primeros años de vida los vivió en Río de Janeiro (Brasil), aunque podemos decir que su infancia no fue muy fácil pues murieron sus padres siendo ella muy pequeña. Entre 1913 y 1916 asistió a la Escuela Normal de Río de Janeiro empezando a escribir desde muy joven, nada menos que a los nueve años. Su primer libro de poesía se llama Espectros donde podemos encontrar un gran influjo del Modernismo brasileño. Fue publicado cuando ella tenía 18 años, y es considerado “atemporal” ya que  se encuadra en diferentes corrientes literarias. Gracias a esta obra tan peculiar  ha recibido muchos premios y honores puesto que su poesía lírica es de gran importancia para la literatura brasileña del siglo XX.
     
            Esta poeta concedió conferencias sobre Literatura Brasileña en Coímbra y Lisboa. Además colaboró con el diario A Manhá y con el semanario Observador Económico. Publicó varias obras, pero una de las más importantes es Viaje debido a que, gracias a ella, ganó el reconocimiento crítico y universal como poeta. También escribió muchos libros para niños, cabe destacar Colar de Carolina O mosquito escreve.
     
          Tras su muerte a causa de un cáncer, continuó recibiendo numerosos galardones y premios póstumos por su obra y trascendencia poética y educativa. Asimismo se le dio su nombre a academias y bibliotecas de Brasil y Chile.

    Retrato
    Yo no tenía este rostro que tengo hoy,
    tan calmado, tan triste, tan pálido,
    ni estos ojos tan vacíos,
    ni el labio amargo.

    Tampoco tenía estas manos sin fuerza,
    tan silenciosas, tan frías, tan muertas;
    yo no tenía este corazón
    que ahora nadie ve.

    No sentí el cambio,
    tan simple, tan cierto, tan fácil:
    ¿En qué espejo se perdió
    mi imagen?

         A pesar de que ya no está con nosotros conservamos sus obras y sus frases.Os dejamos algunas de ellas:
    “Mas, en esta  aventura del sueño expuesto a la corriente,
    apenas recojo el gusto infinito de las respuestas que no se encuentran.”

    “En toda la vida, nunca me esforcé por ganar ni me sorprendí por perder. La noción o el sentimiento de la transitoriedad de todo es el fundamento mismo de mi personalidad.”


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Vie 05 Jun 2020, 13:28

    SOLOMBRA




    Ilustrações de Pomar

    Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1963


    Há mil rostos na terra: e agora não consigo
    recordar um sequer. Onde estás? inventei-te?
    Só vejo o que não vejo e que não sei se existe.

    Esperamos assim. Por esperança, a espera
    vai-se tornando sonho afável; mas descubro
    no olhar que te procura uma névoa de orvalho.

    Qualquer palavra que te diga é sem sentido.
    Eu estou sonhando, eu nada escuto, eu nada alcanço.
    Quem me vê não me vê, que estou fora do mundo.

    Lá, constante presença em memória guardada,
    percebo a tua essência — e não sei nem teu nome.
    E à tentação de tantas máscaras felizes

    se opõe meu leal, nítido sangue.



    ***




    Eu sou essa pessoa a quem o vento chama, 
    a que não se recusa a esse final convite, 
    em máquinas de adeus, sem tentação de volta. 

    Todo horizonte é um vasto sopro de incerteza: 
    Eu sou essa pessoa a quem o vento leva: 
    já de horizontes libertada, mas sozinha. 

    Se a Beleza sonhada é maior que a vivente,  
    dizei-me: não quereis ou não sabeis ser sonho?  
    Eu sou essa pessoa a quem o vento rasga. 

    Pêlos mundos do vento, em meus cílios guardadas  
    vão as medidas que separam os abraços.  
    Eu sou essa pessoa a quem o vento ensina: 

    «Agora és livre, se ainda recordas».





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]

    MEIRELES, Cecília.  Mar absoluto e outros poemas. Porto Alegre: Edição da Livraria do Globo, 1945.  249 p.  17x20 cm. 


    - Retrato (desenho) da autora por Aroad Azebes. Inclui os poemas de “Mar Absoluto” (p. 9-191), “Os Dias Felizes” (p. 195-222) e “Elegia” (227-238).   Desenho da capa de M. H. Vieira da Silva, Letras de H. Sobotka.   “Desta edição foram tirados centro e cinquenta exemplares fora de comércio, numerados de 1 a 150 e rubricados pela autora.”  Col. A.M.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Sáb 06 Jun 2020, 09:31


    Nombre completo Cecilia Benavides de Carvalho Meireles
    Nacimiento 7 de noviembre de 1901
    Río de Janeiro, Bandera de Brasil Brasil
    Defunción 9 de noviembre de 1963
    Río de Janeiro,Bandera de Brasil Brasil
    Ocupación Escritora
    Nacionalidad Brasileña
    Género Poesia, novela
    Cónyuge Fernando Correia Dias, 1922-1935, Heitor da Silveira Vinicius Cricket, 1940-1964
    Descendencia Maria Fernanda, Maria Matilde, Maria Elvira Meireles Correia Días



    Síntesis biográfica
    Nació en Río de Janeiro (Brasil) el 7 de noviembre de 1901. Hija de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, y Matilde Benavides Meireles, su padre fallece tres meses después de haber nacido Cecilia y tres años después fallece su madre.

    Juventud y niñez
    Cecilia Meireles es criada por su abuela materna Jacinta García Benavides tuvo una niñez entre el silencio y la soledad, que la carcterizó en su infancia.

    Asistió a la Escuela Normal, en Río de Janeiro, entre los años 1913 y 1916. A los nueve años, comenzó a escribir poesía.

    Al finalizar sus estudios, trabaja como profesora, al mismo tiempo, estudió idiomas, l literatura, música, folclore y la teoría educativa.

    A los dieciocho en el año 1919 publicó su primer libro de poesía Spectrum, una colección de sonetos simbolistas.

    Vivió bajo la influencia del modernismo, y se ve representado en sus libros, el Simbolismo y legados técnicos del Clasicismo, Romanticismo gongorismo parnasianismo, el realismo y el surrealismo, por lo que su poesía es considerada atemporal.

    Matrimonio
    En 1922 se casó con el pintor portugués Fernando Correia Dias,tuvo tres hijas, Fernando ilustró algunos de sus libros con apuntes místicos, y muere en 1935. En 1940 se une al profesor e ingeniero agrícola, Heitor da Silveira Vinicius Cricket.

    Trayectoria literaria
    En 1927 publicó el libro de prosa poética Crianza, Mi Amor al mismo tiempo que escribía en la Página de Educación del Diario de Noticias de Río de Janeiro, en donde redactó artículos de notoria resonancia sobre educación y política.

    Con posterioridad colaboró con La Nación, El correo Paulista, y dirigió Travel.

    En el año 1934 fundó la primera biblioteca infantil de Brasil.

    En 1939 Cecilia logró el reconocimiento crítico y popular como poeta, con su obra más importante Viaje.

    En los años 40 impartió clases de literatura y cultura brasileña en la Universidad de Texas.

    Escribió las siguientes obras poéticas que trascendieron en su época. En 1942 Música Vaga. En 1944 Mar Absoluta. En 1949 Retrato Natural. En 1953 Romancero de La Desconfiada. En 1961 Poemas Escritos en la India.

    Muerte
    Fallece el 9 de noviembre de 1963 en su ciudad natal, Río de Janeiro.

    Principales obras
    *Niño, My Love. (1923)

    *Nunca más. (1924)

    *Poema de poemas. (1923)

    *Balada del Rey. (1925)

    *Drumming, samba y Macumba. (1933)

    *El Espíritu Victorious. (1935)

    *Nuevos Poetas de Portugal. (1944)

    *Ruth y Albert. (1945)

    *Rui - Breve historia de un Gran Vida. (1948)

    *Problemas de la Literatura Infantil y Juvenil. (1950)

    *El amor en Leonoreta. (1952)

    *Pequeño Oratorio de Santa Clara. (1955)

    *Panorama Folk Azores. (1955)

    *Canciones. (1956)

    *Girofle, Giroflá. (1956)

    '*Romance de Santa Cecilia. (1957)

    *La Biblia en el brasileño Literatura. (1957)

    *Obras poéticas.(1958)

    *Metal Rosicler. (1960)

    *Antología Poética. (1963)

    *Solombra. (1963)

    *Esto o aquello. (1964)

    *Elija su Sueño. (1964)

    *Apenas una rosa


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Dom 07 Jun 2020, 13:11

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Miér 10 Jun 2020, 14:44

    MAR ABSOLUTO


    Foi desde sempre o mar,

    E multidões passadas me empurravam

    como o barco esquecido.




    Agora recordo que falavam

    da revolta dos ventos,

    de linhos, de cordas, de ferros,

    de sereias dadas à costa.



    E o rosto de meus avós estava caído

    pelos mares do Oriente, com seus corais e pérolas,

    e pelos mares do Norte, duros de gelo.



    Então, é comigo que falam,

    sou eu que devo ir.

    Porque não há ninguém,

    tão decidido a amar e a obedecer a seus mortos.



    E tenho de procurar meus tios remotos afogados.

    Tenho de levar-lhes redes de rezas,

    campos convertidos em velas,

    barcas sobrenaturais

    com peixes mensageiros

    e cantos náuticos.



    E fico tonta.

    acordada de repente nas praias tumultuosas.

    E apressam-me, e não me deixam sequer mirar a rosa-dos-ventos.

    "Para adiante! Pelo mar largo!

    Livrando o corpo da lição da areia!

    Ao mar! - Disciplina humana para a empresa da vida!"

    Meu sangue entende-se com essas vozes poderosas.

    A solidez da terra, monótona,

    parece-mos fraca ilusão.

    Queremos a ilusão grande do mar,

    multiplicada em suas malhas de perigo.



    Queremos a sua solidão robusta,

    uma solidão para todos os lados,

    uma ausência humana que se opõe ao mesquinho formigar do mundo,

    e faz o tempo inteiriço, livre das lutas de cada dia.



    O alento heróico do mar tem seu pólo secreto,

    que os homens sentem, seduzidos e medrosos.



    O mar é só mar, desprovido de apegos,

    matando-se e recuperando-se,

    correndo como um touro azul por sua própria sombra,

    e arremetendo com bravura contra ninguém,

    e sendo depois a pura sombra de si mesmo,

    por si mesmo vencido. É o seu grande exercício.



    Não precisa do destino fixo da terra,

    ele que, ao mesmo tempo,

    é o dançarino e a sua dança.



    Tem um reino de metamorfose, para experiência:

    seu corpo é o seu próprio jogo,

    e sua eternidade lúdica

    não apenas gratuita: mas perfeita.



    Baralha seus altos contrastes:

    cavalo, épico, anêmona suave,

    entrega-se todos, despreza ritmo

    jardins, estrelas, caudas, antenas, olhos, mas é desfolhado, cego, nu, dono apenas de si,

    da sua terminante grandeza despojada.



    Não se esquece que é água, ao desdobrar suas visões:

    água de todas as possibilidades,

    mas sem fraqueza nenhuma.



    E assim como água fala-me.

    Atira-me búzios, como lembranças de sua voz,

    e estrelas eriçadas, como convite ao meu destino.



    Não me chama para que siga por cima dele,

    nem por dentro de si:

    mas para que me converta nele mesmo. É o seu máximo dom.

    Não me quer arrastar como meus tios outrora,

    nem lentamente conduzida.

    como meus avós, de serenos olhos certeiros.



    Aceita-me apenas convertida em sua natureza:

    plástica, fluida, disponível,

    igual a ele, em constante solilóquio,

    sem exigências de princípio e fim,

    desprendida de terra e céu.



    E eu, que viera cautelosa,

    por procurar gente passada,

    suspeito que me enganei,

    que há outras ordens, que não foram ouvidas;

    que uma outra boca falava: não somente a de antigos mortos,

    e o mar a que me mandam não é apenas este mar.



    Não é apenas este mar que reboa nas minhas vidraças,

    mas outro, que se parece com ele

    como se parecem os vultos dos sonhos dormidos.

    E entre água e estrela estudo a solidão.



    E recordo minha herança de cordas e âncoras,

    e encontro tudo sobre-humano.

    E este mar visível levanta para mim

    uma face espantosa.



    E retrai-se, ao dizer-me o que preciso.

    E é logo uma pequena concha fervilhante,

    nódoa líquida e instável,

    célula azul sumindo-se

    no reino de um outro mar:

    ah! do Mar Absoluto.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Dom 14 Jun 2020, 09:15

    Inscrição na Areia


    O meu amor não tem
    importância nenhuma.
    Não tem o peso nem
    de uma rosa de espuma!


    Desfolha-se por quem?
    Para quem se perfuma?


    O meu amor não tem
    importância nenhuma.


    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo] )


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Vie 19 Jun 2020, 08:31

    O TEMPO NO JARDIM


    Nestes jardins — há vinte anos — andaram os nossos muitos passos,
    e aqueles que então éramos se contemplaram nestes lagos.


    Se algum de nós avistasse o que seríamos com o tempo,
    todos nós choraríamos, de mútua pena e susto imenso.


    E assim nos separámos, suspirando dias futuros,
    t nenhum se atrevia a desvelar seus próprios mundos.


    E agora que separados vivemos o que foi vivido,
    com doce amor choramos quem fomos nesse tempo antigo.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Dom 21 Jun 2020, 14:40

    Canção Excêntrica’, de Cecília Meireles


    Ando à procura de espaço

    para o desenho da vida.

    Em números me embaraço

    e perco sempre a medida.

    Se penso encontrar saída,

    em vez de abrir um compasso,

    protejo-me num abraço

    e gero uma despedida.

    Se volto sobre meu passo,

    é distância perdida.

    Meu coração, coisa de aço,

    começa a achar um cansaço

    esta procura de espaço

    para o desenho da vida.

    Já por exausta e descrida

    não me animo a um breve traço:

    – saudosa do que não faço,

    – do que faço, arrependida.










    ************************










    CANCIÓN EXCÉNTRICA
     
    Ando en procura de espacio
    para dibujar la vida.
    En números me embarazo,
    pierdo siempre la medida.
    Si pienso encontrar salida,
    en vez de abrir un compás,
    arrojóme en un abrazo,
    en despedida tenaz,
     
    Si vuelvo sobre mi paso,'
    todo lejos y fugaz.
     
    Y mi corazón de acero,
    ya sintiendo ya el cansancio
    de esta búsqueda de espacio
    para dibujar la vida.
     
    Hoy, exhausta y descreída,
    no me animo a un breve trazo:
    — saudosa de lo que no hago,
    — de lo que hago, arrepentida.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Jue 25 Jun 2020, 20:43



    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Vie 26 Jun 2020, 12:48

    Cenário
    Passei por essas plácidas colinas
    e vi das nuvens, silencioso, o gado
    pascer nas solidões esmeraldinas.

    Largos rios de corpo sossegado
    dormiam sobre a tarde, imensamente,
    — e eram sonhos sem fim, de cada lado.

    Entre nuvens, colinas e torrente,
    uma angústia de amor estremecia
    a deserta amplidão na minha frente.

    Que vento, que cavalo, que bravia
    saudade me arrastava a esse deserto,
    me obrigava a adorar o que sofria?

    Passei por entre as grotas negras, perto
    dos arroios fanados, do cascalho
    cujo ouro já foi todo descoberto.

    As mesmas salas deram-me agasalho
    onde a face brilhou de homens antigos,
    iluminada por aflito orvalho.

    De coração votado a iguais perigos
    vivendo as mesmas dores e esperanças,
    a voz ouvi de amigos e inimigos

    Vencendo o tempo, fértil em mudanças,
    conversei com doçura as mesmas fontes,
    e vi serem comuns nossas lembranças.

    Da brenha tenebrosa aos curvos montes,
    do quebrado almocafre aos anjos de ouro
    que o céu sustêm nos longos horizontes,

    tudo me fala e entende do tesouro
    arrancado a estas Minas enganosas,
    com sangue sobre a espada, a cruz e o louro.

    Tudo me fala e entendo: escuto as rosas
    e os girassóis destes jardins, que um dia
    foram terras e areias dolorosas,

    por onde o passo da ambição rugia;
    por onde se arrastava, esquartejado,
    o mártir sem direito de agonia.

    Escuto os alicerces que o passado
    tingiu de incêndio: a voz dessas ruínas
    de muros de ouro em fogo evaporado.

    Altas capelas cantam-me divinas
    fábulas. Torres, santos e cruzeiros
    apontam-me altitudes e neblinas.

    Ó pontes sobre os córregos! ó vasta
    desolação de ermas, estéreis serras
    que o sol frequenta e a ventania gasta!

    Armado pó que finge eternidade,
    lavra imagens de santos e profetas
    cuja voz silenciosa nos persuade.

    E recompunha as coisas incompletas:
    figuras inocentes, vis, atrozes,
    vigários, coronéis, ministros, poetas.

    Retrocedem os tempos tão velozes
    que ultramarinos árcades pastores
    falam de Ninfas e Metamorfoses.

    E percebo os suspiros dos amores
    quando por esses prados florescentes
    se ergueram duros punhos agressores.

    Aqui tiniram ferros de correntes;
    pisaram por ali tristes cavalos.
    E enamorados olhos refulgentes

    — parado o coração por escutá-los
    prantearam nesse pânico de auroras
    densas de brumas e gementes galos.

    Isabéis, Dorotéias, Heliodoras,
    ao longo desses vales, desses rios,
    viram as suas mais douradas horas

    em vasto furacão de desvarios
    vacilar como em caules de altas velas
    cálida luz de trêmulos pavios.

    Minha sorte se inclina junto àquelas
    vagas sombras da triste madrugada,
    fluidos perfis de donas e donzelas.

    Tudo em redor é tanta coisa e é nada:
    Nise, Anarda, Marília… — quem procuro?
    Quem responde a essa póstuma chamada?

    Que mensageiro chega, humilde e obscuro?
    Que cartas se abrem? Quem reza ou pragueja?
    Quem foge? Entre que sombras me aventuro?

    Quem soube cada santo em cada igreja?
    A memória é também pálida e morta
    sobre a qual nosso amor saudoso adeja.

    O passado não abre a sua porta
    e não pode entender a nossa pena.
    Mas, nos campos sem fim que o sonho corta,

    vejo uma forma no ar subir serena:
    vaga forma, do tempo desprendida.
    É a mão do Alferes, que de longe acena.

    Eloquência da simples despedida:
    “Adeus! que trabalhar vou para todos!…”
    (Esse adeus estremece a minha vida.)


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Dom 28 Jun 2020, 04:42




    Canção


    Pus o meu sonho num navio
    e o navio em cima do mar;
    - depois, abri o mar com as mãos,
    para o meu sonho naufragar


    Minhas mãos ainda estão molhadas
    do azul das ondas entreabertas,
    e a cor que escorre de meus dedos
    colore as areias desertas.


    O vento vem vindo de longe,
    a noite se curva de frio;
    debaixo da água vai morrendo
    meu sonho, dentro de um navio...


    Chorarei quanto for preciso,
    para fazer com que o mar cresça,
    e o meu navio chegue ao fundo
    e o meu sonho desapareça.


    Depois, tudo estará perfeito;
    praia lisa, águas ordenadas,
    meus olhos secos como pedras
    e as minhas duas mãos quebradas.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Dom 28 Jun 2020, 04:48

    Murmúrio


    Traze-me um pouco das sombras serenas
    que as nuvens transportam por cima do dia!
    Um pouco de sombra, apenas,
    - vê que nem te peço alegria.


    Traze-me um pouco da alvura dos luares
    que a noite sustenta no teu coração!
    A alvura, apenas, dos ares:
    - vê que nem te peço ilusão.


    Traze-me um pouco da tua lembrança,
    aroma perdido, saudade da flor!
    - Vê que nem te digo - esperança!
    - Vê que nem sequer sonho - amor!


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Lun 29 Jun 2020, 04:18

    O vento do mês de Agosto

    leva as folhas pelo chão;

    só não toca no teu rosto

    que está no meu coração.





    ***



    El viento del mes de Agosto

    tira las hojas al suelo;

    sólo no toca tu rostro

    poque está en mi corazón.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Mar 30 Jun 2020, 08:40

    Timidez






    Basta-me um pequeno gesto,

    feito de longe e de leve,

    para que venhas comigo

    e eu para sempre te leve…





    – mas só esse eu não farei.




    Uma palavra caída

    das montanhas dos instantes

    desmancha todos os mares

    e une as terras mais distantes…





    – palavra que não direi.




    Para que tu me adivinhes,

    entre os ventos taciturnos,

    apago meus pensamentos,

    ponho vestidos noturnos,





    – que amargamente inventei.




    E, enquanto não me descobres,

    os mundos vão navegando

    nos ares certos do tempo,

    até não se sabe quando…





    e um dia me acabarei.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Miér 01 Jul 2020, 05:29

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Miér 01 Jul 2020, 05:30

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Vie 03 Jul 2020, 07:25

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Sáb 04 Jul 2020, 07:29

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]



    MURMÚRIO

    Traze-me um pouco das sombras serenas
    que as nuvens transportam por cima do dia!
    Um pouco de sombra, apenas,
    - vê que nem te peço alegria.

    Traze-me um pouco da alvura dos luares
    que a noite sustenta no teu coração!
    A alvura, apenas, dos ares:
    - vê que nem te peço ilusão.

    Traze-me um pouco da tua lembrança,
    aroma perdido, saudade da flor!
    - Vê que nem te digo - esperança!
    - Vê que nem sequer sonho - amor!


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Sáb 04 Jul 2020, 07:33

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]

    Sou entre flor e nuvem,
    estrela e mar.


    Por que havemos de ser unicamente humanos,


    limitados em chorar?








    Não encontro caminhos


    fáceis de andar.


    Meu rosto vário desorienta as firmes pedras


    que não sabem de água e de ar.








    E por isso levito.


    É bom deixar


    um pouco de ternura e encanto indiferente


    de herança, em cada lugar.








    Rastro de flor e de estrela,


    nuvem e mar.


    Meu destino é mais longe e meu passo mais rápido:


    a sombra é que vai devagar.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Sáb 04 Jul 2020, 07:35

    Fio




    No fio da respiração,


    rola a minha vida monótona,


    rola o peso do meu coração.








    Tu não vês o jogo perdendo-se


    como as palavras de uma canção.






    Passas longe, entre nuvens rápidas,


    com tantas estrelas na mão...






    — Para que serve o fio trêmulo


    em que rola o meu coração?


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Sáb 04 Jul 2020, 07:38

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    Lua Adversa








    Tenho fases, como a Lua.


    Fases de andar escondida,


    fases de vir para a rua...


    Perdição da minha vida!


    Perdição da vida minha!


    Tenho fases de ser tua,


    tenho outras de ser sozinha.








    Fases que vão e vêm,


    no secreto calendário


    que um astrólogo arbitrário


    inventou para meu uso.








    E roda a melancolia


    seu interminável fuso!








    Não me encontro com ninguém


    (tenho fases como a Lua...)


    No dia de alguém ser meu


    não é dia de eu ser sua...


    E, quando chega esse dia,


    o outro desapareceu...


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Lun 06 Jul 2020, 09:49

    SERENATA

    Uma voz cantava ao longe
    entre o luar e as pedras.
    E nos palácios fechados,
    entregues às sentinelas,
    — exaustas de tantas mortes,
    de tantas guerras! —
    estremeciam os sonhos
    no coração das donzelas.
    Ah! que estranha serenata,
    eco de invisíveis festas!
    A quem se dirigiam
    palavras de amor tão belas,
    tão ditosas
    (de que divinos poetas?),
    como as que andavam lá fora,
    pelas ruas e vielas,
    — diáfanas, à lua,
    — graves, nas pedras...?


    **************


    SERENATA

    Una voz cantaba a lo lejos
    Entre la luna y las piedras.
    En los palacios cerrados,
    Entregado a los centinelas,
    - exasustados de tantas muertes,
    De tantas guerras! - La mayoría de las veces,
    Se estremecían los sueños
    En el corazón de las doncellas.
    ¡Ah! Que es extraña serenata,
    Eco de invisibles fiestas!
    A quién se dirigían
    Las palabras de amor tan bellas,
    Tan dichosos
    (De qué divinos poetas?),
    Como las que andaban allá afuera,
    Por las calles y callejones,
    - diáfanas, a la luna,
    - graves, en las piedras ...?


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 76714
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Maria Lua Mar 07 Jul 2020, 07:25

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]




    Não cantes, não cantes, porque vêm de longe os náufragos

    vêm os presos, os tortos, os monges, os oradores, os suicidas.

    Vêm as portas, de novo, e o frio das pedras, das escadas,

    e, numa roupa preta, aquelas duas mãos antigas.



    E uma vela de móvel chama fumosa. E os livros. E os escritos.

    Não cantes. A praça cheia torna-se escura e subterrânea.

    E meu nome se escuta a si mesmo, triste e falso.



    Não cantes, não. Porque era a música da tua

    voz que se ouvia. Sou morta recente, ainda com lágrimas.

    E deixei nos meus pés ficar o sol e andarem moscas.



    E dos meus dentes escorrer uma lenta saliva.

    Não cantes, pois trancei o meu cabelo, agora,

    e estou diante do espelho, e sei melhor que ando fugida.








    *******************










    No cantes, no cantes, porque vienen de lejos los náufragos,
    vienen los presos, los tuertos, los monjes, los oradores,
    los suicidas.
    Vienen las puertas, de nuevo, y el frío de las piedras,
    de las escalinatas,
    y, con un ropaje negro, aquellas dos manos antiguas.
    Y una vela de móvil llama humeante. Y los libros. Y
    las escrituras.
    No cantes, no. Porque era la música de tu
    voz lo que se oía. Soy una muerta reciente, aún
    con lágrimas.
    Alguien escupió distraídamente sobre mis pestañas.
    Por eso vi que ya era tarde.

    Y dejé en mis pies quedarse el sol y andar las moscas.
    Y de mis dientes se escurrió una lenta saliva.
    No cantes, pues trencé mis cabellos, ahora,
    y estoy ante el espejo, y sé bien que ando en fuga.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]

    Contenido patrocinado


    CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA) - Página 8 Empty Re: CECILIA MEIRELES ( POETA BRASILEÑA)

    Mensaje por Contenido patrocinado


      Fecha y hora actual: Jue 21 Nov 2024, 21:11