Aires de Libertad

¿Quieres reaccionar a este mensaje? Regístrate en el foro con unos pocos clics o inicia sesión para continuar.

https://www.airesdelibertad.com

Leer, responder, comentar, asegura la integridad del espacio que compartes, gracias por elegirnos y participar

Estadísticas

Nuestros miembros han publicado un total de 1041750 mensajes en 47628 argumentos.

Tenemos 1570 miembros registrados

El último usuario registrado es Siby

¿Quién está en línea?

En total hay 93 usuarios en línea: 4 Registrados, 0 Ocultos y 89 Invitados :: 2 Motores de búsqueda

Chambonnet Gallardo, clara_fuente, Maria Lua, Ramón Carballal


El record de usuarios en línea fue de 1156 durante el Mar 05 Dic 2023, 16:39

Últimos temas

» EDUARDO GALEANO (1940-2015)
Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 EmptyHoy a las 15:17 por Maria Lua

» Juan Ramón Jiménez (1881-1958)
Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 EmptyHoy a las 15:10 por Maria Lua

» LAO TSE (c.571 a.C.-?) --- filósofo y poeta chino y su libro El "TAO TE KING" Filosofia y Poesía
Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 EmptyHoy a las 15:04 por Maria Lua

» Yalal ad-Din Muhammad Rumi (1207-1273)
Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 EmptyHoy a las 14:55 por Maria Lua

» Metáfora. Poemas sobre cuadros. Diego Rivera. Hombre cargando alcatraces (1944)
Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 EmptyHoy a las 14:34 por cecilia gargantini

» Khalil Gibran (1883-1931)
Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 EmptyHoy a las 14:17 por Maria Lua

» Concha Zardoya (1914-2004)
Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 EmptyHoy a las 13:32 por Pedro Casas Serra

» ANGELINA GATELL (1926-2017)
Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 EmptyHoy a las 13:04 por Pedro Casas Serra

» 2014-05-31 ADJETIVOS
Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 EmptyHoy a las 11:56 por Pedro Casas Serra

» Berta Cardoso (Fado Faia)
Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 EmptyHoy a las 10:38 por cecilia gargantini

Mayo 2024

LunMarMiérJueVieSábDom
  12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
2728293031  

Calendario Calendario

Conectarse

Recuperar mi contraseña

Galería


Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty

3 participantes

    Fabricio Carpinejar (1972-

    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Mar 06 Feb 2024, 10:01

    Ocultemos-nos um pouco. Que separes lembranças
    a confiar aos outros. Que reserves aos amigos
    noites de bar. Que não me aborreças
    com pormenores de relações passadas.
    Que eu não mexa em tua correspondência.
    não reviste na tua bolsa.
    Que seja homem de uma única mulher,
    como uma banda de um único sucesso.
    como um poeta de uma único livro.
    Que não me digam: a poesia é hereditária.
    Os filhos não merecem nossa culpa.

    Que segredo não seja amaldiçoado em degredo.
    Que a confissão não apague a avidez dos pecados.
    Que a reconciliação faça desabar crenças.
    Que envelope do sereno feche nossa rua.
    Que eu entenda ainda que tarde, agora sem ti.
    Deus improvisa.



    – Fabrício Carpinejar, no livro “Terceira sede”. 2001.


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Mar 06 Feb 2024, 10:01

    A chuva é a única chama
    que caminha contra o vento.
    Refaço seu lastro
    com a insônia dos sapatos.

    Enlouqueço de ternura,
    indeciso entre o furor e o fulgor.
    Desperto amarrado em alguma estrela,
    servindo de referência
    para o alinhamento das esferas.



    – Fabrício Carpinejar, no livro “Biografia de uma árvore”. 2002.

    §


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Mar 06 Feb 2024, 10:02

    O riacho é um cavalo líquido,
    a pedra é um cavalo preso.
    As borboletas são flores com abelhas dentro.
    Liberdade é apenas mudar a forma,
    o que não diminui a solidão
    do nascimento.



    – Fabrício Carpinejar, no livro “Como no céu/Livro de visitas”. 2005.

    ***


    https://www.revistaprosaversoearte.com/fabricio-carpinejar-poemas/


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Mar 06 Feb 2024, 10:05

    ‘O velório de Maradona’, uma extraordinária crônica de Fabrício Carpinejar
    Por Revista Prosa Verso e Arte -



    O velório de Maradona


    Os argentinos sabem doer. Sabem fazer um morto se sentir importante. Sabem homenagear os seus heróis. Sabem se despedir com música e langor. Sabem expor a paixão de seu sofrimento. Sabem se desesperar. Sabem uivar aos céus, com os lobos de suas lágrimas.

    Nunca se testemunhou uma comoção nacional tão grande desde o velório de Evita Perón. Maradona é capaz de superar as duas milhões de pessoas nas ruas de 1952. E isso no meio de uma pandemia.

    Ele morre e continua jogando futebol, ele morre e continua arrastando multidões para vê-lo.

    Não é um homem, mas um estádio.

    revistaprosaversoearte.com - 'O velório de Maradona', uma extraordinária crônica de Fabrício CarpinejarPor mais frio e indiferente que qualquer um seja, não existe como não se arrepiar, mesmo quem não gosta do esporte ou quem cultivava ressalvas sobre o posicionamento político de esquerda do craque ou quem apontava os seus problemas pessoais, como as drogas e seus casamentos acidentados.

    É uma demonstração monstruosa de fé na eternidade que só é testada com a morte.

    Como diz o escritor argentino Roberto Fontanarrosa, “não me importa o que Maradona fez com a vida dele. Eu me importo com o que ele fez com a minha”.

    Ele transformou corações, garantiu ao seu povo sofrido e massacrado por golpes militares e sucessivas inflações a possibilidade de ser feliz por noventa minutos. Ele venceu uma Guerra das Malvinas paralela dentro do campo, deixando os adversários ingleses no chão e trazendo uma Copa do Mundo para casa. Ele saiu de um bairro pobre de Buenos Aires, privado de luz, com a eletricidade de suas próprias pernas.

    E pensar que ele não jogava futebol para se exibir, mas para sobreviver – na infância, disputava campeonatos para conseguir um refrigerante e um sanduíche.

    A magia nos gramados começou cedo demais. Não teve tempo de ser adulto. Estreou profissionalmente aos 15 anos – El Pibe de Oro -, com uma inacreditável habilidade de girar e mudar a sua direção e a sua velocidade. Driblou a miséria, enganou sucessivos escândalos, recomeçou sempre.

    Foi um exemplo de sinceridade passional, com as suas glórias e pecados, não querendo nunca ser um modelo para ninguém. Mantinha a consciência de que custava muito sangue ser Maradona todo o dia.

    Dom Diego é a maior celebridade da Argentina de todos os tempos. Nem a política, nem a religião produzirão um ídolo igual.

    Na sua lápide, constará: Obrigado, bola!

    E a bola responderá: Eu que agradeço, eu não sou a mesma desde que você me amou.






    https://www.revistaprosaversoearte.com/o-velorio-de-maradona-uma-extraordinaria-cronica-de-fabricio-carpinejar/


    https://www.revistaprosaversoearte.com/?s=Fabr%C3%ADcio+Carpinejar


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Miér 14 Feb 2024, 09:13







    Un trío de pájaros al sur

    (fragmento)



    Ninguna herida

    cortaba tus pesadillas.

    Cuando a media vida te viste



    por una selva oscura, me quedé

    a conversar con tus camisas,

    y me calé las boinas



    que encendían tus cabellos.

    Tenía siete anos exactos

    y una Luna cómplice jugaba



    carreras conmigo.

    Me demoré entre la ropa

    Alineada



    como un ejército en revista,

    para intentar

    que al menos una prenda



    delatara tu deserción.

    Cuando a media vida te viste

    por una selva oscura, me quedé



    alimentando el acuario

    de las corbatas.

    Pedí privacidad a las polillas.



    Vestí tu camisa,

    y me ví copiando el ritmo

    de sus pliegues,



    la respiración copiosa,

    de mi propio

    y definitivo padre.



    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Jue 15 Feb 2024, 22:38

    Las rocas encuentran

    Las rocas encuentran
    alas en la espuma.
    Ninguna despedida compensa

    la fidelidad de la casa.
    ¿Cómo devolverá tú memoria
    las calles prestadas

    para interrumpir la infancia?
    ¿Qué eclipse, o calendario,
    va a mitigar

    la nostalgia del futuro?
    ¿Quién inventará el fuego
    sin el estilo del creador?


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Lun 26 Feb 2024, 21:46

    Trave é o quadro-negro dos pés.
    Caroço de brilho, queimadura de cometa.
    Na praia, no calçadão, no descampado.
    Tudo o que foi costurado pelo invisível
    entre o corpo e uma porta.

    Pedras são traves,
    bambus são traves,
    frutas são traves.
    Até crianças são traves
    para o adulto passar
    de volta à infância.


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Jue 07 Mar 2024, 20:48

    Não ter sido compreendido

    condenou-me a assumir verdades

    que desconhecia, filhos que

    não eram de minha boca,

    compromissos que não quis ir.



    Ao longo da fala,

    abri correspondências alheias.

    A ausência de clareza

    me perturbou a viver de favor

    em meu corpo.



    *****************



    No haber sido entendido

    Me condenó a asumir verdades.

    que no sabía, hijos que

    no fueron de mi boca,

    Citas a las que no quise ir.



    A lo largo del discurso,

    Abrí el correo de otras personas.

    La ausencia de claridad

    me molestó vivir a favor

    en mi cuerpo.


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Dom 10 Mar 2024, 09:24

    As horas são amargas,
    derradeiras,
    os anjos perderam

    a escala dos teus ouvidos,
    O destino nos assemelha
    mais que o nascimento.

    Tuas passadas são curtas,
    o perfil, enviesado.
    Há uma parelha sendo

    levada nas costas.
    Fermentas o funcho,
    o fungo e o estrume.


    **************


    Las horas son amargas,
    finales,
    los angeles perdieron

    la escala de tus oídos,
    El destino nos hace semejantes
    más que el nacimiento.

    Tus pasos son cortos,
    el perfil, torcido.
    hay una pareja siendo

    llevado en la espalda.
    Fermentas el hinojo,
    los hongos y el estiérco


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Sáb 16 Mar 2024, 08:47

    Não me inquieto

    quando não recebo as respostas

    das perguntas que não fiz.

    Eu me conformei

    em reservar alguma coisa

    de ti para saber depois.

    Um pouco de nosso amor

    será póstumo.

    É recomendável

    não descobrir todos os segredos.



    ***************

    No me inquieto

    cuando no obtengo las respuestas

    de las preguntas que no hice.

    Me conformé

    reservar algo

    de ti para saberlo después.

    Un poco de nuestro amor

    será póstumo.

    Es recomendable

    no descubrir todos los secretos.


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Vie 22 Mar 2024, 10:00

    Mergulho os calcanhares
    a empurrar
    a barca do ventre

    e circundas o vazio,
    os ciclos do som,
    conciliado com a verdade,

    pai maduro de minha escolha,
    navegando
    a paternidade das águas.


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Sáb 23 Mar 2024, 10:14

    Fabrício Carpinejar teve seu primeiro contato com a morte aos 5 anos de idade, durante uma visita ao túmulo do avô Leônida. “Eu saí da cova de um cemitério em Guaporé”, conta o escritor. Enquanto a família rezava o Pai-Nosso de mãos dadas e repousava flores na lápide do falecido, o garotinho Carpinejar fugiu do cortejo, se perdeu, caiu em uma cova e por ali ficou por quase 5 horas, até que alguém o encontrou pedindo ajuda. “Eu me tornei poeta ali. Eu vi o que significava morrer, vi o que significava pedir ajuda e não ser encontrado”, relata o cronista de O TEMPO.

    Essa história, passada no interior do Rio Grande do Sul, é tema em um dos primeiros textos de “Depois É Nunca” (Bertrand Brasil), livro que Carpinejar lança nesta quarta (Cool em Belo Horizonte. Escrito durante a pandemia, a obra traz a morte como tema central e surge de uma inquietação pessoal. Para o gaúcho, é preciso aprender a conviver com a imperfeição da vida e falar sobre morte e luto, assuntos ainda vistos com tanto pudor e melindre. “Depois É Nunca” chega à segunda edição após esgotar a tiragem de 8.000 exemplares em menos de um mês.

    Fabrício Carpinejar salienta que o livro foi escrito capítulo a capítulo. Não é uma reunião de textos; é uma obra pensado com o rigor do tema. A ideia de tratar a morte com repulsa, como se ela não acontecesse a todo momento, e a banalização da dor do luto, sempre incomodaram o autor.

    “Antes nós tratávamos o luto com mais respeito, ficávamos de preto, reconhecíamos a lacuna, uma cadeira ficava vazia por um tempo. Existia um ritual a ser preservado. Hoje não, hoje você perde alguém e já tem que desovar tudo de casa. Temos que enfrentar a morte de frente, reconhecer a dor do luto, parar de apressá-la”, observa.


    Carpinejar diz que não se preocupou em escrever um livro leve, não quis suavizar ou usar atenuantes, eufemismos. “Não há sinônimos”, ele comenta, “para traduzir a dor de quem perde um filho, é inexplicável. É uma saudade vitalícia”. “Depois É Nunca” é pesado, entra na dor, não se esquiva do sofrimento. No entanto, o autor pondera que a obra traz conforto “na medida em que é absolutamente realista com nossos limites. Não queira ser melhor do que você é porque você vai sofrer muito mais”.


    O livro nasceu de um processo criativo doloroso. O poeta teve que se abrir, se mostrar vulnerável, se emocionar, chorar e sangrar junto. “Depois É Nunca”, porém, não foi escrito para resolver alguma questão ou trauma do gaúcho. “Escrevi para me tornar mais disponível”, pontua. “Foi difícil falar sobre o assunto. É um livro absolutamente atípico na minha produção. Sou cronista, poeta, e eu não podia me valer de metáforas (para falar da morte). É meu livro mais ensaístico no sentido de falar de um tema específico sobre diferentes pontos de vista”, ele acrescenta.

    Segundo Fabrício Carpinejar, falar da morte nesse momento de pandemia, em que ela está ainda mais presente e próxima, de certa forma, é fundamental para não tratá-la como uma exceção, entendermos a finitude da vida e não adiarmos afetos, planos e desejos. Depois é nunca. “O que incentivo nesse livro é reconhecer e valorizar quem está ao lado, não colocar mais nenhum projeto futuro acima do presente, não ficar protelando encontros, que todo mundo aceita a imperfeição de um encontro, ser mais possível e menos idealizado”, diz o escritor.

    Livro vai virar filme

    Outra novidade envolvendo livros de Carpinejar é que “Minha Esposa Tem a Senha do Meu Celular” (Bertrand Brasil) vai virar filme. O anúncio foi feito em meados de novembro, durante a Expocine, maior feira de audiovisual da América Latina. A produtora Escarlate, de São Paulo, comprou os direitos da obra para o cinema. “O livro mostra o quanto você pode ser romântico sem ser impositivo e fala da vida de um casal que não se sente ameaçado pela partilha da senha dos celulares, que preserva suas individualidades mesmo morando na mesma casa”, afirma o escritor.


    Fabrício Carpinejar lança “Depois É Nunca” nesta quarta (Cool, às 11h, na Quixote Livraria (Rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi). Os 100 primeiros autógrafos ganham guardanapos poéticos. O escritor já realizou eventos de divulgação do livro em Recife, São Paulo, Porto Alegre, São Luís, Goiânia, Maceió, Curitiba e Tiradentes. Depois de BH, Carpinejar segue para a Bienal do Rio.




    https://www.otempo.com.br/entretenimento/fabricio-carpinejar-lanca-em-bh-livro-sobre-morte-luto-e-a-finitude-da-vida-1.2580773


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Vie 29 Mar 2024, 13:39

    Postes de luz são traves,
    placas são traves,
    lixeiras são traves,
    bancos são traves.

    Marcar o chão numa linha imaginária,
    daqui pra ali é o campo.
    E o mundo não existe mais
    fora do giz branco.




    ******************


    Las farolas son traves,
    las placas son traves,
    los botes de basura son traves,
    los bancos son traves.

    Marcar el suelo en una línea imaginaria,
    De aquí para allá está el campo.
    Y el mundo ya no existe
    afuera de la tiza blanca.


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Dom 31 Mar 2024, 09:49

    A chuva é a única chama
    que caminha contra o vento.
    Refaço seu lastro
    com a insônia dos sapatos.

    Enlouqueço de ternura,
    indeciso entre o furor e o fulgor.
    Desperto amarrado em alguma estrela,
    servindo de referência
    para o alinhamento das esferas.



    ****************


    La lluvia es la única llama
    que camina contra el viento.
    Rehago su lastre
    con el insomnio de los zapatos.

    Me vuelvo loco de ternura,
    indeciso entre la furia y el resplandor.
    Despierto atado a alguna estrella,
    sirviendo de referencia
    para la alineación de las esferas.


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Sáb 06 Abr 2024, 16:35

    Não Me Inquieto



    Não me inquieto

    quando não recebo as respostas

    das perguntas que não fiz.

    Eu me conformei

    em reservar alguma coisa

    de ti para saber depois.

    Um pouco de nosso amor

    será póstumo.

    É recomendável

    não descobrir todos os segredos.



    **********************



    No me inquieto





    No me inquieto

    cuando no obtengo las respuestas

    de las preguntas que no hice.

    me conformé

    reservar algo

    de ti para saberlo más tarde.

    un poco de nuestro amor

    será póstumo.

    Es recomendable

    No descubrir todos los secretos.


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Dom 14 Abr 2024, 14:49

    O pão fica acorda apenas

    um dia em nossa fome.

    O pão e o fogo



    são do mesmo trigo.

    Volta a pampa, pai.

    A sombra está presa



    Ao pescoço.

    O sangue anoitece.

    Anoitece



    debaixo da pele

    para amanhecer

    os músculos da terra.




    ****************



    El pan solo despierta

    un día en nuestra hambre.

    pan y fuego



    son del mismo trigo.

    Vuelve a las pampa, padre.

    La sombra está atrapada



    Alrededor del cuello.

    La sangre anochece

    Anochece



    bajo la piel

    para amanecer

    a los músculos de la tierra.


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Lun 22 Abr 2024, 13:11

    VOCÊ PODERIA
    image_pdfimage_print
    Você pode amar para esquecer quem foi um dia.
    Você pode amar para lembrar quem foi um dia.
    Você pode amar para recuperar a infância.
    Você pode amar para repetir a adolescência.
    Você pode amar para combater a velhice.
    Você pode amar de olhos abertos, enxergando as falhas.
    Você pode amar de olhos fechados, relevando os foras.
    Você pode amar para se endividar.
    Você pode amar para criar patrimônio.
    Você pode amar para encontrar equilíbrio.
    Você pode amar para se aproximar do abismo.
    Você pode amar para ganhar lucidez.
    Você pode amar para enlouquecer.
    Você pode amar para adoecer de ciúme.
    Você pode amar para ter segurança.
    Você pode amar pessimista, falando mal aos seus amigos.
    Você pode amar com esperança, silenciando os atritos.
    Você pode amar magoado.
    Você pode amar leve e desembaraçado.
    Você pode amar para romper o padrão de antigos amores e aceitar que estava errado.
    Você pode amar para imitar outros amores e se convencer de que estava certo.
    Você pode amar fraquejando e acreditando nas próprias mentiras.
    Você pode amar dizendo unicamente a verdade e suportando as crises da franqueza.
    Você pode amar para confirmar expectativas.
    Você pode amar para contrariar sua idealização.
    Você pode amar para converter bandidos em santos.
    Você pode amar para fazer santos pecarem.
    Você pode amar à primeira vista.
    Você pode amar por repescagem.
    Você pode amar desconfiando e questionando as evidências.
    Você pode amar por clarividência.
    Você pode amar para ser triste e se deprimir com canções e livros.
    Você pode amar para alegrar as estantes e os ouvidos.
    Você pode amar para concordar com o terapeuta.
    Você pode amar para se opor ao terapeuta.
    Você pode amar para fugir da família.
    Você pode amar para unir a família.
    Você pode amar superficialmente, escondendo o que pensa.
    Você pode amar profundamente, sem segredos e âncora para se fixar nas palavras.
    Você pode amar pelo sexo.
    Você pode amar pelo romance.
    Você pode amar pela exposição.
    Você pode amar pela solidão a dois.
    Você pode amar os intermináveis problemas e brigas.
    Você pode amar a paz que vem com o fim da noite.
    Você pode amar compreendendo e rindo dos defeitos.
    Você pode amar julgando e condenando as diferenças.
    Você pode amar cuidando das roupas, da comida, da casa.
    Você pode amar com a arruaça das ruas e da boemia.
    Mas amor mesmo é quando você está contando seus dias, com toda a concentração dos números, e alguém chega para lhe atrapalhar de eternidade. E você esquece onde estava, a soma da sua vida, e só pensa em ficar para sempre do jeito que for. Ainda que seja por um dia.



    Fabrício Carpinejar, Para onde vai O Amor?


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69380
    Fecha de inscripción : 12/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Maria Lua Lun 22 Abr 2024, 13:16

    Primeira colina – poema 8


    Reconheci a antigüidade do rosto
    pela fumaça apressada do prado
    — ela encorpava,
    ardilosa,
    uma cobra que endurece
    o couro
    na estocada da faca.




    Fabrício Carpinejar

    Do livro: "As Solas do Sol", Editora Bertrand Brasil, 1998, RJ



    ***********************



    Primera colina – poema 8


    Reconocí la antigüedad del rostro.
    por el humo que corre del prado
    - él se llenó más,
    astuto,
    una serpiente que endurece
    el cuero
    en la estocada del cuchillo


    _________________



    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Marialuaf


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Luna7

    Contenido patrocinado


    Fabricio Carpinejar (1972- - Página 6 Empty Re: Fabricio Carpinejar (1972-

    Mensaje por Contenido patrocinado


      Fecha y hora actual: Jue 09 Mayo 2024, 17:05